A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou ontem (14) que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, ou Banco do Brics+), presidido por ela, vai liberar R$ 5,75 bilhões para o financiamento de obras de reconstrução do Rio Grande do Sul, que enfrenta a pior tragédia climática de sua história.
A informação foi divulgada por ela mesma em seu perfil na rede social X (antigo Twitter). “O Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar R$ 5,750 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir a infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas fortes enchentes ocorridas desde o final de abril e ajudar na retomada da vida gaúcha”, postou a ex-presidenta, que, embora seja mineira, passou boa parte de sua vida no Rio Grande do Sul.
“Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo e com o NDB neste momento difícil”, disse Dilma.
Ela comentou que o valor total em empréstimos foi acertado após conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
De acordo com Dilma, os créditos devem ser transferidos de forma direta para o estado gaúcho e, também, por meio de parcerias com outras instituições financeiras, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Banco do Brasil e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
Metade dos R$ 5,7 bilhões vai ser transferida via BNDES para financiar pequenas e médias empresas e para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto, e prevenção de desastres.
Também há previsão de recursos para infraestrutura agrícola, mobilidade urbana e saneamento básico.
Crédito: Divulgação Rede X/Dilma Rousseff
Ex-presidenta iniciou trajetória política no Rio Grande do Sul
Nascida em Belo Horizonte, Dilma iniciou a carreira política no Rio Grande do Sul. Ela disse que o banco “está ao lado do povo gaúcho” e tem o “compromisso” de auxiliar o estado.
O NDB é o banco dos Brics, fórum econômico formado países em desenvolvimento formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde janeiro, também são membros Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Com isso, o grupo passou a ser chamado Brics+.
A Argentina chegou a receber o convite formal, mas a adesão foi cancelada após a eleição do presidente Javier Milei.
Já o banco dos Brics+ é formando por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de Emirados Árabes Unidos e Egito e Bangladesh, que compõe o capital do banco, mas não é membro do Brics+.
“O Banco dos BRICS tem compromisso e atuará na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas”, disse Dilma.
De Xangai, na China, sede do Banco dos Brics, Dilma postou que a instituição financeira multilateral que ela comanda, fundada em 2015 pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que hoje conta ainda com Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos, está solidária à situação do estado gaúcho.
“Tenho certeza que pela força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional essa crise será superada. E devemos tomar todas as medidas para que ela não mais se repita”. E concluiu sua mensagem: “Fiquem firmes e amparados pela esperança e a solidariedade. Estamos juntos”.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias