Bolsas caem na China após inflação de março superar expectativas

Preocupação na China aumenta com aceleração da inflação tanto ao produtor quanto ao consumidor
11 de abril de 2022

O índice de preços ao produtor da China (PPI) subiu 8,3% em março em relação ao ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) nesta segunda-feira (11). Embora tenha sido abaixo dos 8,8% vistos em fevereiro, superou a previsão de um aumento de 7,9% levantada em pesquisa da Reuters.

Entre os principais fatores estão: invasão da Ucrânia pela Rússia, aumento dos custos das commodities, gargalos persistentes na cadeia de suprimentos e problemas de produção causados por surtos locais de Covid-19.

O aumento nos custos das matérias-primas está prejudicando as economias em todo o mundo. Na China, levantou dúvidas entre alguns analistas sobre o quanto seu banco central será capaz de aliviar a política monetária.

As pressões de alta elevaram os preços ao consumidor, que subiram 1,5% em relação ao ano anterior, maior aumento em três meses, acelerando de 0,9% em fevereiro e superando as expectativas de 1,2%.

Para alguns analistas, possíveis atrasos no plantio de safras causados por novos surtos de Covid-19 no país e o conflito na Ucrânia criam pressões sobre os preços dos alimentos no segundo semestre do ano. Ao mesmo tempo, esses fatores limitam o poder de ação do Banco Popular da China em cortar a taxa de juro.

O aumento mensal de 1,1%, entretanto, foi o maior em cinco meses, impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo doméstico e metais não ferrosos devido a fatores geopolíticos, disse o NBS.

Com isso, as ações chinesas registraram sua maior queda em quase um mês nesta segunda-feira, atingidas por restrições de combate à Covid-19, preocupações sobre uma inversão na curva entre os rendimentos domésticos e norte-americanos de dez anos e aceleração da inflação tanto ao produtor quanto ao consumidor.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 3,1%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 2,6%, maiores perdas desde 15 de março.

Na avaliação de alguns analistas, com o governo aderindo obstinadamente à sua política Covid zero, aumentam os temores de que um lockdown prolongado no país, que pode se espalhar para outras grandes cidades industriais, agravará uma perspectiva já nebulosa para o crescimento da China.

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,61%, a 26.821 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 3,03%, a 21.208 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 2,61%, a 3.167 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 3,09%, a 4.100 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,27%, a 2.693 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,37%, a 17.048 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,58%, a 3.363 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,10%, a 7.485 pontos.

Redação ICL Economia

Com informações das agências de notícias

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