Bolsas da Ásia refletem a morte do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, vítima de disparo de tiros

Semana termina com a divulgação do payroll nos EUA e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, no Brasil
8 de julho de 2022

As bolsas da Ásia apresentaram queda ou leve alta, nesta manhã de sexta-feira (8), como reflexo da notícia do assassinato do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, de 67 anos, vítima de dois tiros nas costas durante um evento político. Abe foi o primeiro-ministro do Japão mais longevo no cargo e uma figura de grande influência no país. Ele era um nome importante do Partido Liberal Democrata e estava fazendo um discurso na cidade de Nara, durante campanha antes das eleições para a câmara alta do país, que vão acontecer no próximo domingo. O ataque chocou o país onde a violência política e as armas são raras.

Os mercados dos EUA e Europa continuam oscilantes, com tendência de queda, e seguem no propósito de reunir pistas para saber se os EUA serão capazes de se esquivar de uma recessão. Por isso, hoje os investidores estarão atentos aos dados sobre emprego nos EUA.

Brasil

O principal índice da Bolsa brasileira encerrou o pregão desta quinta-feira (7) no azul, acompanhando mais uma vez a performance de Nova York, e ainda contou com um empurrão extra das commodities. Assim, o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 2,04%, aos 100.729 pontos. Com a valorização das commodities, o real ganhou força frente ao dólar, que fechou o dia em queda de 1,42%, cotado a R$ 5,345 na compra e na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam em baixa nesta manhã, também na expectativa do relatório de empregos dos EUA. Os dados sobre o emprego nos EUA podem ajudar a definir o rumo das bolsas, mas ultimamente os mesmos indicadores servem para respaldar argumentos otimistas ou pessimistas. Ainda em destaque, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, faz discurso hoje.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,23%
DAX (Alemanha), -0,40%
CAC 40 (França), -0,72%
FTSE MIB (Itália), -0,10%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA apresentam queda, nesta manhã, antes da divulgação do importante relatório de empregos do mês de junho. O documento é um dos indicadores usados pelo Fed para definir o ritmo de aperto da política monetária do país, um fator central na avaliação do mercado sobre a probabilidade de recessão.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,33%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,38%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,46%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com queda ou leve altas. O destaque é para o índice Nikkei, que perdeu a maior parte dos ganhos, em consequência da notícia de que o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe tinha sido gravemente ferido em um tiroteio. Após o fechamento do mercado, foi confirmada a morte do ex-premiê.

Shanghai SE (China), -0,25%
Nikkei (Japão), +0,10%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,38%
Kospi (Coreia do Sul), +0,70%

Petróleo

Os preços do petróleo estão em queda nesta sexta-feira, com investidores divididos entre as preocupações com a oferta global apertada.

Petróleo WTI, -0,64%, a US$ 102,07 o barril
Petróleo Brent, -0,17%, a US$ 104,47 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação do payroll nos EUA. O mercado projeta uma desaceleração na abertura de postos de trabalho, de 390 mil em maio para 268 mil em junho, segundo o consenso Refinitiv. Ainda serão divulgados, nos EUA, a taxa de desemprego de junho, com projeção Refinitiv, de 3,6%; estoques no atacado; e contagem de sondas Baker Hughes.

Por aqui no Brasil, no campo político, devido à falta de quorum no plenário na Câmara na noite de ontem (7), o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar a votação da PEC dos Auxílios para a próxima terça-feira (12). Nos indicadores econômicos, serão divulgados o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho; o Índice IPC-S semanal; e o Boletim Focus, com relatórios semanais de 6 de maio a 1 de julho.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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