Às vésperas da reunião do BCE, bolsas da Europa operam mistas; futuros dos EUA têm leve alta

Expectativa é de que o BCE opte por um aumento de 50 pontos-base em oposição aos 25 pontos-base já “contratados” pelos investidores
19 de julho de 2022

Nesta manhã de terça-feira (19), as bolsas da Europa operam mistas, entre perdas e ganhos, com os investidores na expectativa da reunião de política do Banco Central Europeu (BCE), que ocorre na quinta-feira (21), e na qual será dado passo rumo a um aperto monetário, com a subida de juros pela primeira vez desde 2011. Nos EUA, os índices futuros de Nova York operam com leve alta. Ontem (18), uma reportagem da Bloomberg apontou que a Apple diminuiria as contratações e os gastos com crescimento no próximo ano para se preparar para uma possível desaceleração econômica, o que derrubou os principais índices dos EUA. Na Ásia, altas e baixas marcaram o fechamentos dos principais mercados da região.

Brasil

Na segunda-feira (18), o Ibovespa avançou com a ajuda das commodities, mesmo com os benchmarks americanos caindo em bloco. Assim, o índice encerrou o pregão em alta de 0,38%, aos 96.916 pontos. O dólar comercial se fortaleceu frente ao real, registrando alta de 0,39%, e encerrou o dia cotado a R$ 5,425 na compra e a R$ 5,426 na venda.

Europa

As bolsas europeias operam, nesta manhã, sem uma direção definida. Alguns mercados operam próximos à estabilidade, em alívio ao que foi visto nos dois últimos pregões, nos quais ocorreram perdas. O euro subiu para a máxima de quase duas semanas e os rendimentos dos títulos do governo da zona do euro saltaram, sob a expectativa de que o BCE vai avaliar se optará por um aumento de 50 pontos-base em oposição aos 25 pontos-base já “contratados” pelos investidores.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,01%
DAX (Alemanha), -0,16%
CAC 40 (França), -0,09%
FTSE MIB (Itália), +0,25%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em leve alta nesta manhã, depois que um relatório da Apple reacendeu preocupações com uma provável recessão. No final do pregão de segunda-feira (18), as ações caíram após uma notícia relatando que a Apple diminuiria as contratações e os gastos com crescimento no próximo ano para se preparar para uma factível desaceleração econômica. As ações da Apple fecharam ontem com queda de 2,1%.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,52%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,70%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,65%

Ásia

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam sem direção definida, enquanto investidores digerem as atas da reunião do Banco Central da Austrália, que sugeriu que serão necessárias taxas mais altas de juros para retornar a inflação à meta ao longo do tempo.

Shanghai SE (China), +0,04%
Nikkei (Japão), +0,65%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,89%
Kospi (Coreia do Sul), -0,18%

Petróleo

Os preços do petróleo caem nesta terça-feira depois de subirem forte ontem (18), diante das preocupações de que o aumento a commodity possa alimentar uma recessão que atrapalhará a demanda.

Petróleo WTI, -0,68%, a US$ 101,90 o barril
Petróleo Brent, -0,85%, a US$ 105,37 o barril

Agenda

Nos EUA, serão divulgados hoje os dados do início de construções de junho e os estoques de petróleo semanal – API.

Por aqui no Brasil, a agenda de indicadores econômicas está esvaziada. No campo político, após o presidente Jair Bolsonaro fazer uma apresentação para embaixadores, ontem (18), com uma série de ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, rebateu as acusações e chamou o episódio de “encenação”. Sem citar o nome de Bolsonaro, mas em um discurso bastante duro, que durou cerca de 40 minutos, Fachin disse que é preciso dar um “basta à desinformação e ao populismo autoritário”. O presidente do TSE classificou a apresentação de Bolsonaro como uma tentativa de “sequestrar a ação comunicativa e sequestrar a opinião pública e a estabilidade política”.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.