Os índices futuros dos EUA mantêm, nesta manhã de quinta-feira (19), o mesmo movimento negativo da véspera, com os investidores repercutindo os dados econômicos divulgados ontem (18), que trouxeram preocupações a respeito da saúde da economia americana.
De um lado, as vendas do varejo decepcionaram os agentes do mercado; de outro,o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 0,5% em dezembro ante novembro, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Trabalho. Na comparação anual, o PPI avançou 6,2%.
A queda mensal do PPI foi mais forte que a esperada pelos analistas: o consenso Refinitiv mostrava queda de 0,1% no mês e avanço de 6,8% no ano. Esse indicador vem em desaceleração desde junho, quando bateu em 11,2% na comparação anual.
Agora, os investidores aguardam mais dados econômicos que podem dar mais pistas sobre o quanto o Fed (Federal Reserve) pode aumentar os juros em sua próxima reunião. Hoje, serão divulgados os pedidos de seguro-desemprego, vendas de casas novas e a pesquisa de manufatura do Fed da Filadélfia.
As bolsas da Europa, por sua vez, operam em baixa nesta quinta-feira, acompanhando o sentimento dos investidores no mundo diante das perspectivas econômicas futuras.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção definida hoje, repercutindo a baixa das bolsas em Wall Street no dia de ontem.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (18) em alta, com investidores de olho na participação do ministro Fernando Haddad no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e também com a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos ao longo do dia. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,71%, aos 112.228 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a alta de hoje foi puxada principalmente por ações de empresas exportadoras de minério de ferro, que subiram na esteira da valorização da commodity no exterior.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou com ganhos de 1,12% frente ao real, negociado a R$ 5,162 na compra e a R$ 5,163 na venda
Europa
As bolsas da Ásia operam em baixa nesta quinta-feira, acompanhando o movimento global mais fraco dos mercados, com os investidores repercutindo os dados decepcionantes da economia americana.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,61%
DAX (Alemanha), -0,79%
CAC 40 (França), -0,73%
FTSE MIB (Itália), -0,88%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de quinta-feira, em movimento semelhante ao da véspera, quando foram divulgados dados da economia americana, que vieram piores do que o esperado. Hoje, os agentes aguardam mais dados econômicos que podem dar mais pistas sobre a saúde da economia americana.
Além disso, os investidores também esperam para hoje a divulgação de resultados trimestrais de grandes empresas como Netflix, Procter & Gamble e Truist Financial.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,41%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,36%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,28%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em baixa, em sua maioria, repercutindo o movimento das bolsas em Wall Street ontem. Na região, as moedas na Ásia-Pacífico se fortaleceram hoje, um dia depois de o Banco do Japão anunciar que manterá o controle da curva de juros. O iene japonês subiu 0,8%, o won sul-coreano subiu cerca de 0,4% e, de outro lado, o dólar australiano caiu mais de 0,7%, depois que os dados de emprego do país ficaram mais fracos do que o esperado.
Shanghai SE (China), +0,49%
Nikkei (Japão), -1,44%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,12%
Kospi (Coreia do Sul), +0,51%
Petróleo
Os preços do petróleo recuam com um aumento inesperado nos estoques de petróleo dos Estados Unidos pela segunda semana, elevando as preocupações de uma queda na demanda por combustível.
Petróleo WTI, -1,35%, a US$ 78,41 o barril
Petróleo Brent, -1,04%, a US$ 84,10 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados hoje pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso Refinitiv estimando 214 mil solicitações na semana.
Na Europa, investidores aguardam pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Por aqui, no Brasil, do lado político, as críticas do presidente Lula à independência do Banco Central devem aumentar o mau humor do mercado. Em entrevista à GloboNews, Lula classificou como “bobagem” a ideia de que um BC independente pode “fazer mais” do que quando o presidente da entidade era indicada pelo chefe do Executivo. Ele também ligou a meta de inflação de 3% a juros mais altos. Na seara econômica, sai hoje a taxa de desemprego de novembro, medida pela PNAD contínua. O consenso Refinitiv prevê taxa de desemprego de 8,1%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências