Bolsas da Europa e índices futuros operam em baixa após discursos de dirigentes do Fed indicarem juros mais altos

Membros do Fed esperam que a taxa de juros dos EUA, atualmente entre 4,25% a 4,5% ao ano, precisa subir para uma faixa de 5% a 5,25% para controlar as taxas de inflação
10 de janeiro de 2023

As bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta manhã de terça-feira (10). Os investidores repercutem discursos de membros do Fed (Federal Reserve) indicando para a necessidade de mais elevação das taxas de juros para controle da inflação americana.

Mary Daly e Raphael Bostic disseram ontem (9) esperar que a taxa de juros dos EUA, atualmente entre 4,25% a 4,5% ao ano, suba para uma faixa de 5% a 5,25% para controlar as taxas de inflação, que permanecem em patamares elevados.

Para hoje, é esperada a divulgação dos dados do comércio no atacado e acompanharão de perto o discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell, em uma conferência na Suécia. O discurso pode reafirmar o que disseram previamente Daly e Bostic.

As bolsas europeias, por sua vez, também operam no negativo com os investidores na expectativa da divulgação de mais dados de inflação ao longo da semana, como o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA de dezembro, previstos para quinta-feira (12).

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção definida hoje, repercutindo o movimento do mercado americano.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (9) em alta, apesar da invasão de terroristas bolsonaristas ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional em Brasília no domingo (8). O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,15%, a 109.130 pontos.

Segundo economistas, a alta de hoje mostrou que não houve pânico no mercado financeiro após os ataques às instituições ontem em Brasília, o que gerou, nas redes sociais, uma série de críticas ao mercado, que, teoricamente, não se importaria com a democracia.

Nas negociações de hoje, o  dólar fechou com leve alta de 0,41%, a R$ 5,257 na compra e R$ 5,258 na venda.

Europa

As bolsas da Europa também operam no negativo nesta manhã, em dia de agenda de indicadores locais esvaziada, mas com os investidores aguardando mais dados de inflação até o fim desta semana, como os dados de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA de dezembro.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,26%
DAX (Alemanha), -0,40%
CAC 40 (França), -0,60%
FTSE MIB (Itália), -0,29%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de terça-feira, com investidores repercutindo a expectativa de juros mais altos por parte do Fed.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,16%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,12%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,14%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida no pregão de hoje, repercutindo o movimento de Wall Street, que perdeu força após as falas dos membros do Fed.

Shanghai SE (China), -0,21%
Nikkei (Japão), +0,78%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,27%
Kospi (Coreia do Sul), +0,05%

Petróleo

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade após recuarem mais cedo na sessão de hoje, com expectativas de que novos aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos irão desacelerar o crescimento econômico e limitar a demanda pela commodity.

Petróleo WTI, +0,27%, a US$ 74,83 o barril
Petróleo Brent, +0,08%, a US$ 79,71 o barril

Agenda

Com a agenda de divulgação de dados econômicos esvaziada nos EUA e na Europa, os olhos dos investidores se voltam hoje ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que poderá dar indicações sobre o futuro da política monetária da maior econômia do mundo.

Por aqui, no Brasil, na seara política, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (9) a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como resposta aos atos de vandalismo ocorridos no domingo (8) em Brasília. O texto será votado agora pelo Senado na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1/23. Na agenda de indicadores, saem os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,44% na comparação com novembro e de 5,60% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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