Após aprovação da suspensão do teto da dívida dos EUA pelo Senado, bolsas e índices futuros operam em alta nesta 6ª feira

Ontem à noite (1º), projeto de lei foi aprovado pelo Senado. A aprovação é um respiro para Joe Biden, que agora deve ter tempo para pagar as contas de seu governo e, assim, evitar um dos maiores calotes da história recente dos Estados Unidos
2 de junho de 2023

Depois que o Senado dos Estados Unidos confirmou a aprovação da suspensão do limite do teto da dívida dos Estados Unidos até 2025, os índices futuros e as bolsas mundiais operam em trajetória de alta, nesta manhã de sexta-feira (2).

Na quarta-feira (31), o projeto havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos o projeto de lei para suspender o teto da dívida do país, de US$ 31,4 trilhões (cerca de R$ 158 trilhões), após intensa negociação entre lideranças e o presidente dos EUA, Joe Biden. Em troca, o governo do democrata, que não tem maioria na Câmara, concordou em cortar custos.

Ontem à noite (1º), foi a vez de o Senado aprovar a medida. A aprovação é um respiro para Biden, que agora deve ter tempo para pagar as contas de seu governo e, assim, evitar um dos maiores calotes da história recente dos Estados Unidos, com potencial de criar uma bola de neve que desestabilizaria não só a economia dos EUA, mas mercados financeiros do mundo inteiro. Por essa razão as bolsas e os futuros reagem positivamente hoje.

O projeto de lei é uma tentativa de cancelar um mecanismo que limita a dívida do país anualmente – neste ano fiscal, que nos EUA começa em setembro, esse teto foi alcançado em janeiro passado.

Biden deve sancionar o projeto de lei hoje, apenas três dias antes de vencer o prazo para a mudança.

Agora, as atenções dos investidores se voltam para a divulgação do payroll nos Estados Unidos.

Dados recentes apontam para um mercado de trabalho forte, apesar do plano agressivo de aumento dos juros do Fed (Federal Reserve). O consenso Refinitiv aponta para a criação de 190 mil postos de trabalho em maio, número inferior aos 253 mil registrados em abril.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (1º) em alta com investidores repercutindo o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal índice da Bolsa brasileira avançou 2,06%, aos 110.564 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, a aprovação na Câmara dos Deputados norte-americana do projeto de lei que suspende o teto da dívida da maior economia do mundo também fez parte das negociações dos investidores nesta quinta-feira.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu 1,31% frente ao real, cotado a R$ 5,006 na compra e na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta, em meio à repercussão da aprovação do teto da dívida no Senado americano e expectativas em torno da próxima reunião de política monetária do bloco europeu.

Das notícias da região, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, disse ontem que o número de 6,1% da inflação do bloco, divulgado ontem, ainda era “muito alto” e que o ciclo de alta dos juros precisa continuar até que estivesse claro que a inflação cairia para sua meta de 2% em “momento oportuno”.

Na agenda de indicadores, a atividade manufatureira na França aumentou 0,7% em abril, após uma queda de 1,1% no mês anterior. A atividade industrial geral cresceu 0,8%.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,74%
DAX (Alemanha), +0,82%
CAC 40 (França), +0,95%
FTSE MIB (Itália), +0,69%
STOXX 600, +0,77%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã, antes da divulgação do relatório de empregos de maio. Investidores também repercutem o fim das incertezas relacionadas ao teto da dívida do país.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,44%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,41%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,38%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam no positivo, enquanto investidores esperam pelo relatório de empregos dos EUA de maio.

Dos indicadores da região, o índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou em alta superior a 4%, na liderança dos ganhos na região, com importante avanço do setor imobiliário e de consumo.

Já o Kospi, da Coreia do Sul, fechou com alta de 1,25%, repercutindo a desaceleração da inflação ao consumidor em maio para uma mínima de 19 meses, diminuindo pelo quarto mês consecutivo.

Shanghai SE (China), +0,79%
Nikkei (Japão), +1,21%
Hang Seng Index (Hong Kong), +4,02%
Kospi (Coreia do Sul), +1,25%
ASX 200 (Austrália), +0,48

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, em meio a um sentimento otimista após a aprovação de um projeto de lei do teto da dívida dos EUA, enquanto os mercados avaliavam a probabilidade de cortes de produção da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais a Rússia) para apoiar os preços no fim de semana.

Petróleo WTI, +1,73%, a US$ 71,31 o barril
Petróleo Brent, +1,72%, a US$ 75,57 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação do payroll nos Estados Unidos. O consenso Refinitiv aponta para a criação de 195 mil postos de trabalho em maio, número inferior aos 253 mil registrados em abril. A taxa de desemprego deve ficar em 3,5%.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o pacote de estímulo à produção de carros populares recebeu, ontem, o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele apresentou ao Palácio do Planalto a versão final do programa, que será analisada pela Casa Civil. Na agenda de indicadores, será divulgada a produção industrial de abril hoje. O consenso Refinitiv prevê contração mensal de 0,2%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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