As bolsas internacionais operam com volatilidade nesta manhã de terça-feira (25), enquanto os índices futuros de Nova York estão em trajetória de baixa depois de fecharem a segunda-feira em alta. Os investidores aguardam, hoje, a divulgação dos balanços de grandes empresas de tecnologia, como Microsoft e Alphabet (Google), o que pode dar um indicativo sobre como está a economia americana. Nesta temporada de divulgação de balanços, os resultados das empresas e bancos têm se mostrado melhor que o esperado pelo mercado.
Na Europa, as bolsas operam sem direção definida com os analistas também aguardando a divulgação de balanços de corporações. Além disso, a escolha consensual de Rishi Sunak para substituir Liz Truss no cargo de primeiro-ministro do Reino Unido poupou o mercado de mais uma semana de incertezas.
O plano agora é monitorar o projeto de Sunak para colocar as contas dos países geridos pela coroa em ordem. A expectativa é de que Jeremy Hunt, que ajudou a acalmar os mercados após o plano desastroso de Truss ter levado muito mau humor aos mercados, seja mantido no Tesouro.
Já do lado asiático, o yuan atingiu o menor nível em 12 anos. O mercado chinês reflete as preocupações dos investidores com a consolidação do poder de Xi Jinping e seus efeitos para a economia da China. O índice Hang Seng, que mostrou ontem queda de mais de 6%, continuou no vermelho nesta jornada em meio a temores de que a política de Covid Zero e a relação complicada do líder asiático com os EUA atrapalhem o país.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (24) em forte queda, repercutindo o caso envolvendo o aliado de Bolsonaro, ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que reagiu disparando tiros e granadas contra polícias federais ontem no Rio de Janeiro. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 3,27%, a 116.013 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, mexeu com o indicador brasileiro ontem fatos como a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China, que cresceu 3,9% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. No trimestre imediatamente anterior, a aceleração do crescimento da economia chinesa foi menos expressiva, de 0,4%.
Nas negociações do dia, o dólar saltou 3%, frente ao real, cotado a R$ 5,30.
Europa
As bolsas da Europa estão sem direção definida nesta terça-feira. Agentes do mercado aguardam para hoje os resultados corporativos de grandes empresas, como HSBC, UBS, Novartis, Randstad, Air Liquide, SAP e Covestro, que podem refletir a saúde da economia dos países da região.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,43%
DAX (Alemanha), -0,27%
CAC 40 (França), +0,30%
FTSE MIB (Itália), +0,15%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta manhã de terça-feira (25), com os investidores aguardando resultados de grandes empresas do setor de tecnologia em busca de mais pistas sobre a saúde da economia dos EUA.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,49%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,46%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,28%
Ásia
Grande parte dos mercados da Ásia fecharam próximos à estabilidade nesta manhã, exceto o índice Nikkei, do Japão, que subiu mais de 1%, após a conclusão do congresso do partido da China e a divulgação de uma série de dados econômicos atrasados.
Shanghai SE (China), -0,04%
Nikkei (Japão), +1,02%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,10%
Kospi (Coreia do Sul), -0,05%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com recuo hoje, ampliando as perdas da véspera. Os agentes aguardam dados mais fracos da atividade de negócios dos EUA, reduzindo as expectativas de aumentos mais agressivos das taxas de juros na maior economia do mundo.
Petróleo WTI, -0,58%, a US$ 84,09 o barril
Petróleo Brent, -0,56%, a US$ 92,74 o barril
Agenda
Além da divulgação de vários balanços de grandes corporações, tanto nos EUA quanto na Europa, também será divulgada hoje a sondagem industrial do Fed Richmond e a confiança do consumidor dos EUA.
Por aqui, no Brasil, no cenário político, as pesquisas Ipec e Atlas mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno eleitoral, que acontece no próximo domingo. No campo econômico, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central brasileiro começa hoje sua penúltima reunião do ano, com a decisão anunciada amanhã (26). A expectativa é de manutenção da Selic em 13,75%. Também será divulgado o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referente a outubro, com o consenso Refinitiv apontando para alta de 0,05% frente a setembro e de 6,75% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências