Bolsas mistas e índices futuros em baixa com PIB e dados de emprego dos EUA no radar de investidores

Além do PIB e da variação de empregos privados medida pela ADP em agosto, será conhecido o núcleo de preços PCE do segundo trimestre, nesta 4ª feira.
30 de agosto de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, enquanto as bolsas da Europa e da Ásia operam mistas nesta quarta-feira (30), com investidores na expectativa para a divulgação da segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA do segundo trimestre e dados de emprego da pesquisa ADP.

O conjunto de indicadores dos Estados Unidos a ser divulgado poderá orientar a política de juros e o apetite por riscos nos mercados. Além do PIB e da variação de empregos privados medida pela ADP em agosto, será conhecido o núcleo de preços PCE do segundo trimestre.

Os investidores avaliam também as medidas de estímulo da China e seu efeito sobre a confiança no país. O país asiático divulga os Índices de Gerentes de Compras (PMIs, na sigla em inglês) referentes a agosto, que podem dar maior clareza sobre a tendência de crescimento no atual semestre.

No campo corporativo, a Brown-Forman, dona do uísque Jack Daniel’s, divulga resultados trimestrais antes da abertura, seguida pelas ações de tecnologia Salesforce, CrowdStrike e Okta depois do fechamento dos mercados.

Outra notícia que chamou a atenção envolve A OpenAI. A empresa está a ponto de gerar US$1 bilhão em receita anual com a forte adoção do ChatGPT pelas empresas. A startup apoiada pela Microsoft estaria faturando cerca de US$ 80 milhões por mês.

Por aqui, saem os dados de geração de empregos formais do Caged de julho. O Itaú espera uma criação de 137 mil empregos formais.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (29) em alta, na medida em que investidores aguardam indicadores econômicos no Brasil e nos Estados Unidos nesta semana. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,10%, aos 118.404 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram a assinatura pelo presidente Lula (PT) da medida provisória (MP) que cria uma alíquota de 15% a 20% sobre os rendimentos de fundos exclusivos e o projeto de lei enviado ao Congresso com uma proposta para taxar offshores.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu 0,42% frente ao real, negociado a R$ 4,857 na compra e a R$ 4,855 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam mistas, à medida que os investidores digerem dados econômicos da Espanha e Alemanha.

A Espanha reportou uma inflação de 2,6% em termos anuais em agosto, em linha com as expectativas dos analistas, enquanto a Alemanha divulgou queda de 13,2% nas importações no ano até julho. A queda é a mais acentuada desde janeiro de 1987.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,13%
DAX (Alemanha), -0,33%
CAC 40 (França), -0,28%
FTSE MIB (Itália), +0,23%
STOXX 600, -0,19%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta quarta-feira, revertendo parte dos ganhos da véspera, quando as ações em Wall Street foram impulsionadas por ganhos de tecnologia apoiados pela fabricante de chips Nvidia anunciando uma parceria com o Google.

Enquanto isso, os rendimentos do Tesouro dos EUA sobem, recuperando algumas das perdas de terça-feira, uma vez que os investidores consideraram o estado da economia após a divulgação dos últimos dados. Isso inclui o índice de confiança do consumidor, que ficou bem abaixo do esperado anteriormente, em 106,1, na terça-feira.

Nesta quarta-feira, os investidores aguardam dados de emprego da ADP e a a divulgação da segunda estimativa do PIB.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,02%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,15%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta em sua maioria, refletindo em grande parte os movimentos de Wall Street, já que as ações dos EUA registraram uma recuperação tecnológica impulsionada pela Nvidia na terça-feira.

Das notícias da região, os investidores a aguardam a divulgação do Índices de Gerentes de Compras (PMIs, na sigla em inglês) da China, referentes a agosto, que podem dar maior clareza sobre a tendência de crescimento no atual semestre.

Shanghai SE (China), +0,04%
Nikkei (Japão), +0,33%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,01%
Kospi (Coreia do Sul), +0,35%
ASX 200 (Austrália), +1,21%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com alta, ampliando os ganhos da sessão anterior, depois que dados da indústria mostraram uma grande redução nos estoques de petróleo bruto nos EUA, o maior consumidor mundial de combustível, e uma vez que as preocupações com um furacão no Golfo do México levaram a uma maior cautela no mercado.

Petróleo WTI, +0,57%, a US$ 81,62 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 85,88 o barril

Agenda

A agenda desta quarta-feira é marcada pela segunda estimativa do PIB dos Estados Unidos no 2º trimestre.

Por aqui, no Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (29) regime de urgência para um projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027 (PL 1016/2023). O texto, que já passou pelo aval do Senado Federal, representa o risco de perda de arrecadação para o governo federal por um período mais longo do que o esperado pela equipe econômica e ocorre no momento em que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta encaminhar ao parlamento medidas com impacto fiscal para cumprir o objetivo de zerar o déficit primário em 2024. Na seara econômica, sai a geração de empregos formais do Caged de julho. O Itaú espera uma criação de 137 mil empregos formais. Também será divulgada a inflação pelo IGP-M de agosto.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, do InfoMoney e da Bloomberg

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