Bolsas mundiais operam em alta com inflação americana mais fraca que o esperado e flexibilização da política de Covid Zero da China

A inflação de outubro dos EUA subiu 0,4% ante setembro, atingindo alta de 7,7% no acumulado em 12 meses. O consenso Refinitiv apontava para alta de 0,6%
11 de novembro de 2022

As bolsas mundiais estão operando no positivo na manhã desta sexta-feira (11), após a divulgação da inflação americana (CPI, na sigla em inglês), que veio abaixo do esperado, reacendendo o otimismo do mercado de que o Fed (Federal Reserve) pode adotar uma política monetária menos agressiva.

A inflação de outubro dos EUA subiu 0,4% ante setembro, atingindo alta de 7,7% no acumulado em 12 meses. O consenso Refinitiv apontava para alta de 0,6%. Por sua vez, os rendimentos do Tesouro dos EUA recuaram após a divulgação dos dados, enquanto as ações dispararam.

Também contribuiu para o humor dos mercados a decisão do governo chinês de flexibilizar a política de Covid Zero. Isso fez com que o índice Hang Seng, de Hong Kong, subisse mais de 7%.

Hoje, as bolsas americanas vão funcionar normalmente, mas o mercado de títulos dos EUA permanecerá fechado nesta sexta-feira, devido ao feriado do Dia dos Veteranos.

Os mercados europeus também estão operando em alta depois da boa notícia sobre a inflação dos EUA. Do outro lado do mundo, os mercados asiáticos fecharam em alta, incluindo aqui a notícia vinda da China. O governo chinês cortou para cinco dias o tempo necessário de quarentena para viajantes.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (10) em forte queda, após a divulgação da inflação brasileira em outubro e com os investidores cautelosos com os rumos das contas públicas no Brasil.  O principal índice da Bolsa brasileira caiu 3,35%, a 109.775 pontos.  Essa foi a maior queda diária desde 26 de novembro de 2021, quando recuou 3,39%.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que representa a inflação oficial do país. Em outubro, o indicador teve avanço de 0,59%, após três meses consecutivos de deflação.  Segundo analistas do mercado financeiro, a nova alta dos preços no Brasil ocorre em um momento em que investidores estão cautelosos com os gastos do novo governo a partir de 2023.

Nas negociações do dia, o dólar comercial subiu 4,10%, cotado a  R$ 5,394, em sua maior alta desde março de 2020

Europa

As bolsas europeias também operam em alta nesta sexta-feira, com o otimismo injetado nos mercados globais com os dados da inflação americana, que veio mais baixo que o esperado, sinalizando que já pode ter atingido o seu pico.

Do lado europeu, a economia do Reino Unido contraiu 0,2 % no terceiro trimestre de 2022, sinalizando o que poderia ser o início de uma longa recessão. Economistas projetavam contração de 0,5%, segundo a Refinitiv.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,35%
DAX (Alemanha), +0,81%
CAC 40 (França), +1,22%
FTSE MIB (Itália), +1,13%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam em alta nesta manhã, dando continuidade ao movimento da véspera, após dados de inflação abaixo do esperado.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,70%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,75%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,03%

Ásia

As bolsas asiáticas também fecharam em alta, com destaque para Hang Seng, de Hong Kong, que subiu mais de 7%. Além dos dados da inflação americana, a flexibilização da política de Covid Zero chinesa contribuiu para aumentar o ânimo do mercado.

Shanghai SE (China), +1,69%
Nikkei (Japão), +2,98%
Hang Seng Index (Hong Kong), +7,74%
Kospi (Coreia do Sul), +3,37%

Petróleo

As cotações do petróleo também estão em momento de alta com o recuo do dólar depois da divulgação dos dados da inflação americana e a flexibilização da política de Covid Zero da China, um dos maiores importadores de petróleo do mundo.

Petróleo WTI, +2,56%, a US$ 88,68 o barril
Petróleo Brent, +2,39%, a US$ 95,91 o barril

Agenda

Agenda americana está bastante esvaziada nesta sexta-feira. Nos EUA, a Universidade de Michigan publicará, às 12h, a pesquisa de condições de negócios de novembro e o índice de confiança do consumidor referente ao mesmo mês.

Por aqui, no Brasil, no campo político, continuam as negociações políticas do governo de transição, com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se aproximando do Centrão para fazer os ajustes necessários no Orçamento de 2023. No campo econômico, sai a pesquisa de serviços de setembro, com projeção do consenso Refinitiv estima alta 0,3% na base trimestral e de 8,1% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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