Bolsas mundiais em alta com investidores à espera da decisão dos dados da inflação dos EUA

Consenso Refinitiv prevê desaceleração do indicador, que deve avançar 0,2% em maio ante abril, mês em que o CPI havia crescido 0,4% na comparação mensal. Se a projeção for confirmada, a expectativa é de que o Fed, o banco central dos EUA, reduza o ritmo do aperto monetário
13 de junho de 2023

As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos estão em trajetória de alta nesta manhã de terça-feira (13), com os investidores à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA do mês de maio.

O consenso Refinitiv prevê uma desaceleração do indicador, que deve avançar 0,2% ante abril, mês em que o CPI havia crescido 0,4% na comparação mensal. Assim, a inflação de 12 meses nos EUA deve ficar em 4,1%. Para o núcleo da inflação, a expectativa é de variação mensal de 0,4% (a mesma registrada em abril) e de 5,2% em 12 meses.

O Fomc (comitê de política monetária) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) começa a se reunir hoje e, amanhã (14), deve anunciar a nova taxa de juros. Se a desaceleração do CPI for confirmada, a autoridade monetária pode decidir por uma pausa no ritmo de aperto dos juros.

De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, 78% dos traders estão apostando em uma pausa.

Do lado asiático, onde as bolsas também fecharam no campo positivo, o Banco Central chinês cortou sua taxa de recompra reversa de sete dias em 10 pontos-base, de 2% para 1,9%, injetando 2 bilhões de yuans chineses (US$ 279,97 milhões) no mercado.

Brasil

O Ibovespa fechou em alta pelo sétimo pregão consecutivo ontem (12), renovando sua pontuação máxima no ano. O índice acumula valorização em todas as sessões do mês de junho e opera em bull market – a pontuação alcançada na segunda-feira é quase 21% maior que a mínima do ano, de 96.997 pontos, registrada no último dia 23 de março, segundo informou a Infomoney.

A alta moderada foi sustentada por ações da Petrobras e Bolsas nos EUA, que operaram à espera pela decisão do Federal Reserve. Assim, o Ibovespa encerrou a sessão com alta de 0,27%, aos 117.336 pontos. É a maior pontuação de fechamento do índice desde o início de novembro do ano passado. O giro financeiro do dia ficou em R$ 28,6 bilhões.

O dólar acompanhou o movimento externo de desvalorização e terminou o dia um pouco mais distante do patamar de R$ 5. O dólar comercial recuou 0,19%, a R$ 4,866 na compra e R$ 4,867 na venda, renovando a mínima em mais de um ano.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta nesta manhã, com os investidores na expectativa em relação às decisões dos principais bancos centrais do mundo: do Fed, amanhã, e do BCE (Banco Central Europeu na quinta-feira (15).

No Reino Unido, novos números mostraram que o crescimento médio anual dos salários acelerou de 6,6% para 7,2% no trimestre de fevereiro a abril, acima das expectativas dos economistas.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,21%
DAX (Alemanha), +0,36%
CAC 40 (França), +0,48%
FTSE MIB (Itália), +0,16%
STOXX 600, +0,30%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de terça-feira, ampliando os ganhos da sessão anterior, enquanto investidores aguardam pela divulgação de dados de inflação ao consumidor de maio hoje.

Na véspera, o S&P 500 e Nasdaq alcançaram cada um seu maior fechamento desde abril do ano passado, com os investidores também à espera da decisão do Fed sobre os juros amanhã.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,24%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,55%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta generalizada, após o Banco Popular da China (PBOC) cortar a taxa de recompra de sete dias. Por lá, os investidores também aguardam pela decisão de política monetária do Fed de amanhã.

Esse foi o primeiro movimento do banco central chinês desde agosto, e está em linha com o que fizeram os maiores bancos do país na semana passada, sinalizando que mais flexibilização monetária está por vir.

No Japão, o Nikkei subiu 1,8% hoje, superando o teto psicológico de 33.000 pontos pela primeira vez desde julho de 1990.

As ações da montadora japonesa Toyota subiram mais de 5% depois que a empresa anunciou que introduzirá uma linha completa de veículos elétricos com baterias de “próxima geração” a partir de 2026.

Shanghai SE (China), +0,15%
Nikkei (Japão), +1,80%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,60%
Kospi (Coreia do Sul), +0,33%
ASX 200 (Austrália), +0,23%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem hoje, recuperando da queda do dia anterior. No entanto, os investidores seguem cautelosos antes das decisões políticas do Federal Reserve dos EUA e de outros bancos centrais.

Petróleo WTI, +1,00%, a US$ 67,79 o barril
Petróleo Brent, +1,31%, a US$ 72,78 o barril

Agenda

Nos EUA, sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano do mês de maio. O consenso Refinitiv prevê uma desaceleração do indicador, que deve avançar 0,2% ante abril, mês em que o CPI havia crescido 0,4% na comparação mensal. Assim, a inflação de 12 meses nos EUA deve ficar em 4,1%.

Para o núcleo da inflação, a expectativa é de variação mensal de 0,4% (a mesma registrada em abril) e de 5,2% em 12 meses.

Por aqui, no Brasil, no campo político, os integrantes da articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalham para que o Senado mantenha o texto do novo arcabouço fiscal, que foi aprovado na Câmara dos Deputados há cerca de três semanas. A matéria começa a ser analisada esta semana pelos senadores e há pressão, sobretudo da bancada de parlamentares de Brasília, pela exclusão do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) do texto. Se houver mudança, o projeto retorna à Câmara dos Deputados, que pode confirmar ou não as mudanças. Na seara econômica, a agenda de indicadores segue esvaziada hoje.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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