A semana começou agitada para os mercados globais. As bolsas mundiais estão operando no campo negativo nesta manhã de segunda-feira (21), com os investidores na expectativa sobre a divulgação dos dados da inflação nos EUA, que terá a semana mais curta devido ao feriado de Ação de Graças na quinta-feira (24). Na quarta-feira (23), será divulgada a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve) e alguns indicadores do varejo.
Além de ficarem fechadas na quinta-feira, as Bolsas em Wall Street funcionarão apenas parcialmente na sexta-feira (25), dia de Black Friday.
Na semana passada, os investidores estavam animados com os dados de inflação ao consumidor e ao produtor dos EUA, que vieram abaixo do esperado. Os números deram uma injeção de ânimo sobre a expectativa de que o Fed (Federal Reserve) poderia colocar o pé no freio no ritmo do aumento das taxas de juros para controlar a inflação.
Porém, falas de membros do Fed ao longo da semana passada jogaram um balde de água fria nas expectativas do mercado. Dirigentes da autoridade monetária americana indicaram que o aperto deve continuar, pois a inflação ainda continua em patamares elevados.
Na Europa, as bolsas também seguem em movimento de baixa hoje diante da expectativa de aumentos de juros nas principais economias do mundo. No continente, a Alemanha registrou alta de 34,5% no índice de preços ao produtor, o qual, por outro lado, caiu 4,2% na comparação com setembro.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (18) em queda, apesar de um movimento de maior otimismo após falas do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, sobre controle de gastos. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,76%, a 108.870 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o mercado recebeu com entusiasmo a declaração do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, de que governo seguirá cortando gastos. Alckmin disse que o governo fará uma revisão de contratos federais que podem se apresentar como alternativas de cortes a serem realizados.
O dólar encerrou a sexta-feira valendo R$ 5,374 na compra e R$ 5,375 na venda. Na semana, o dólar acumulou leve alta de 0,75%.
Europa
As bolsas europeias também estão operando no negativo nesta segunda-feira, com investidores do bloco avaliando as pressões inflacionárias e, consequentemente, reajustes nas taxas de juros nas principais economias do mundo.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,48%
DAX (Alemanha), +-0,40%
CAC 40 (França), -0,17%
FTSE MIB (Itália), -0,80%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, à espera de outro conjunto de resultados do varejo em uma semana mais curta, devido ao feriado de Ação de Graças. Na sexta-feira, dia de Black Friday, os investidores aproveitarão a oportunidade para monitorar as vendas no varejo, que aumentaram em outubro.
Por outro lado, sinais negativos vindos da Target, que apresentou desaceleração de demanda, e da Amazon, que anunciou a demissão de 10.000 funcionários, deixaram o mercado um tanto apreensivo.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,30%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,38%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,32%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam em baixa hoje, em meio às crescentes preocupações com a Covid na China, que podem levar a novas restrições no país. Além disso, o banco central chinês manteve as taxas de empréstimo de referência, ou taxas básicas de empréstimo, inalteradas – em linha com as expectativas do mercado.
A exceção na região foi o índice Nikkei, do Japão, que fechou em alta de 0,16%.
Shanghai SE (China), -0,39%
Nikkei (Japão), +0,16%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,87%
Kospi (Coreia do Sul), -1,02%
Petróleo
As cotações do petróleo recuam no primeiro pregão desta semana, com temores em relação demanda enfraquecida na China, devido ao aumento dos casos de Covid-19, e à expectativa sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos.
Petróleo WTI, -0,72%, a US$ 79,50 o barril
Petróleo Brent, -0,66%, a US$ 87,03 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, com a semana mais curta, a agenda de indicadores está enxuta. O grande destaque fica com a ata do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano (Fomc, na sigla em inglês), que sai na quarta-feira (23), um dia antes do feriado. Além disso, a série de PMIs (sigla em inglês para índice de gerente de compras) prevista para quarta-feira deve ser acompanhada com atenção, assim como outros indicadores da indústria e de emprego, previstos para a semana.
Por aqui, no Brasil, no campo político, todos os olhos estão voltados para o anúncio dos integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No âmbito econômico, o Banco Central divulga hoje o Boletim Focus. Também saem os dados da balança comercial semanal.
Redação ICL Economia
Com informações das agências