Bolsas mundiais começam a semana em alta, repercutindo dados econômicos mais positivos da semana passada

Por aqui, o destaque da semana é a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, amanhã (7), e o IPCA, na sexta-feira (10).
6 de novembro de 2023

As bolsas mundiais operam no campo positivo, nesta segunda-feira (5), acompanhando o movimento da semana passada, após sinais mais positivos das principais economias do globo. Nos Estados Unidos, o relatório de empregos payroll veio abaixo do esperado, reforçando as expectativas de que o ciclo de alta dos juros da maior economia do mundo está mesmo perto do fim. Na Europa, dados econômicos apontam para uma inflação mais controlada e, portanto, juros também menores.

Os Estados Unidos criaram 150 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de outubro, abaixo do esperado e com forte queda ante os surpreendentes 297 mil novos postos de trabalho em setembro. Esse dado reduz a pressão sobre a inflação e, consequentemente, sobre a política monetária conduzida pelo Fed (Federal Reserve).

Além disso, na semana passada, o banco central dos EUA manteve as taxas de juros inalteradas pela segunda reunião consecutiva, à medida que os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano caíam.

Nesta semana, também são aguardadas falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que deverá emitir sinais sobre os próximos passos da política monetária.

No campo corporativo, a temporada de balanços americana está chegando ao fim, com 400 empresas do S&P 500 tendo divulgado os seus resultados financeiros trimestrais. Entre os destaques desta semana estão Walt Disney, Wynn e MGM Resorts e DR Horton.

No Brasil, a B3 passará a fechar mais tarde a partir de hoje, por causa do fim do horário de verão nos Estados Unidos, como ocorre todos os anos. A pré-abertura do mercado de ações seguirá às 9h45 e a abertura do mercado, às 10h. Por sua vez, o fechamento à vista passará agora para as 18h.

O destaque da semana por aqui é a divulgação, amanhã (7), da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que deve detalhar os aspectos envolvidos na tomada da decisão que cortou 50 pontos-base da taxa básica de juros (Selic) na semana passada.

Na sexta-feira (10), será divulgado o IPCA de outubro. As projeções do mercado variam para uma alta de 0,26% a 0,29%.

Brasil

Na volta do feriado de Finados, o Ibovespa terminou a sessão de sexta-feira (3) em alta de 2,70%, aos 118.159 pontos; o maior nível desde 20 de setembro. Na semana, o índice acumula avanço de 4,29%.

O pregão de sexta repercutiu as decisões de política monetária dos Estados Unidos, Reino Unido e do Brasil, além das movimentações dos índices internacionais na véspera, e a divulgação de novos dados econômicos.

No exterior, os mercados repercutiram o relatório mensal de empregos dos Estados Unidos (payroll), que reportou a criação de 150 mil postos de trabalho em outubro, abaixo dos 183 mil esperados. Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou a semana no melhor nível desde outubro de 2022.

O dólar fechou a R$ 4,8963, com queda de 1,54%, no mercado à vista. Nos últimos quatro dias de operação, a moeda norte-americana recuou 2,33%.

Europa

As bolsas da Europa operam ligeiramente em alta nesta segunda-feira, dando sequência ao impulso positivo da semana passada.

Na sexta-feira passada (3), os mercados da região fecharam em alta leve, encerrando a semana em recuperação, impulsionados por uma série de lucros sólidos e por uma percepção de que os ciclos de alta dos juros por lá chegou ao fim.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,05%
DAX (Alemanha), +0,03%
CAC 40 (França), +0,00%
FTSE MIB (Itália), +0,33%
STOXX 600, +0,12%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de segunda, em semana de pouco indicadores relevantes no país e com as atenções dos investidores voltadas para falas dos membros do Fed (Federal Reserve), em especial do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, na quinta-feira (9).

Dow Jones Futuro (EUA), +0,12%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,14%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,18%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia fecharam com alta generalizada, com destaque para forte alta das ações da Coreia do Sul, depois que as autoridades financeiras do país afirmaram que as vendas a descoberto serão proibidas até ao final de junho de 2024.

A venda a descoberto ocorre quando um trader vende ações emprestadas para recomprar por um preço mais baixo e embolsar a diferença.

No Japão, a atividade empresarial expandiu-se em outubro, mas ao ritmo mais suave este ano. O índice final de gestores de compras (PMI) caiu para 51,6 em outubro, ante 53,8 em setembro, devido à fraca procura, segundo dado publicado pelo Jibun Bank e S&P Global.

Shanghai SE (China), +0,91%
Nikkei (Japão), +2,37%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,71%
Kospi (Coreia do Sul), +5,66%
ASX 200 (Austrália), +0,28%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem hoje, depois que os principais exportadores, Arábia Saudita e Rússia, disseram ontem (5) que manteriam cortes voluntários extras na produção de petróleo até o final do ano, mantendo a oferta restrita, enquanto os investidores estavam atentos a sanções mais duras dos EUA ao petróleo iraniano.

Petróleo WTI, +1,43%, a US$ 81,66 o barril
Petróleo Brent, +1,31%, a US$ 86,00 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada hoje.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seus auxiliares têm buscado convencer o Palácio do Planalto de que é preciso “mais tempo” para perseguir a meta de zerar o déficit fiscal no ano que vem. O prazo pedido pela equipe econômica nas últimas conversas com a cúpula do governo é março de 2024. Março é quando o Executivo divulga o 1º Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2024. Na agenda de informações econômicas hoje, estão o Boletim Focus semanal, transações correntes e IDP de setembro e índice PMI composto de outubro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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