Bolsas mundiais e índices futuros dos EUA começam a 2ª feira no negativo, em semana com decisões sobre os juros no Brasil e na Inglaterra

Por aqui, a aposta do mercado é de que a taxa Selic será mantida em 13,75% ao ano, patamar no qual está desde setembro do ano passado
19 de junho de 2023

Em semana recheada de indicadores e decisões importantes, tanto no exterior quanto no Brasil, as bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York operam no campo negativo nesta manhã de segunda-feira (19). Por aqui e na Inglaterra, haverá decisão sobre as taxas de juros e, nos Estados Unidos, o radar dos investidores estará atento a indicadores e às falas do presidente do Fed (Federal Reserve) participa de duas audiências no Congresso dos EUA.

Na sessão de hoje, as bolsas americanas estarão fechadas devido ao Juneteenth, data que simboliza o fim da escravidão nos Estados Unidos e desde 2021 é feriado nacional.

Em relação às audiências com Powell, na semana passada, o Fed anunciou uma pausa no ciclo de ajustes na taxa de juros dos EUA. Agora, toda a atenção estará voltada às falas dele, que poderão dar sinais de como a autoridade monetária deverá conduzir a sua política de juros nas próximas reuniões.

No comunicado divulgado com a decisão da semana passada, o banco central dos Estados Unidos sinalizou ao menos mais dois ajustes de 0,25 ponto percentual até o fim do ano.

Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) elevou os juros em mais 25 pontos-base na semana passada, indicando que o ciclo de aperto monetário ainda não acabou.

Na próxima quinta-feira (22), será a vez do Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) tomar sua decisão, e a expectativa também é de nova elevação, também em 0,25 p.p., o que elevaria a taxa dos atuais 4,50% para 4,75%.

No Brasil, as atenções se voltam para decisão de política monetária do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. O mercado é unânime em apostar que a Selic será mantida em 13,75% ao ano, patamar no qual está desde setembro do ano passado.

A reunião do Copom começa nesta terça-feira (20) e termina na quarta-feira (21).

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (16) em queda, refletindo um movimento de correção após as altas das últimas sessões. O principal índice da Bolsa brasileira caiu de 0,39%, aos 118.758 pontos. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 1,49%.

Segundo os analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram os dados da inflação divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e a prévia do PIB do Banco Central do Brasil (BC).

Nas negociações do dia, o dólar ganhou 0,36% frente ao real, negociado a R$ 4,819 na compra e a R$ 4,820 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam no vermelho, com investidores preocupados com as perspectivas econômicas globais, especialmente na Europa.

No âmbito das ações, os destaques negativos são para os papéis das empresas químicas e de construção, enquanto as ações de bancos operam no campo positivo.

Por sua vez, o rendimentos dos títulos do governo do Reino Unido de dois anos atingiram o maior nível em 15 anos nesta segunda-feira.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,44%
DAX (Alemanha), -0,59%
CAC 40 (França), -0,64%
FTSE MIB (Itália), -0,28%
STOXX 600, -0,61%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leve baixa nesta manhã de segunda-feira, quando mercados à vista de ações e títulos dos EUA estão fechados devido ao feriado de Juneteenth.

No radar dos investidores esta semana, estarão as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso dos Estados Unidos, principalmente após a decisão da autoridade monetária de dar uma pausa nos ajustes da taxa de juros do país, em decisão da semana passada.

Na agenda de indicadores dos Estados Unidos, estão dados do setor imobiliário e índices de gerente de compras (PMI’s) do setor industrial e de serviços, importantes termômetros da economia norte-americana.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,03%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,01%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com baixa na sessão de hoje antes da decisão de política monetária do banco central da China na terça-feira (20).

A expectativa é de que o Banco Popular da China (PBOC) corte suas taxas de juros principais de empréstimo de referência, após uma redução semelhante em empréstimos de política de médio prazo na semana passada para sustentar uma recuperação econômica instável.

Shanghai SE (China), -0,54%
Nikkei (Japão), -1,00%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,64%
Kospi (Coreia do Sul), -0,62%
ASX 200 (Austrália), +0,60%

Petróleo

As cotações do petróleo recuam com incertezas sobre o crescimento na China pesando sobre os mercados. Vários grandes bancos reduziram suas previsões de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China em 2023, depois que dados de maio mostraram que a recuperação pós-Covid da segunda maior economia do mundo está hesitante.

Petróleo WTI, -0,72%, a US$ 71,26 o barril
Petróleo Brent, -0,54%, a US$ 76,20 o barril

Agenda

Segunda-feira de agenda fraca de indicadores econômicos nos Estados Unidos, mas, ao longo da semana, serão divulgados dados do setor imobiliário e índices de gerente de compras (PMI’s) do setor industrial e de serviços, que podem trazer novos sinais de desaceleração da economia americana.

Destaque também à falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve comparecer perante o Congresso dos EUA em duas ocasiões, na quarta (28) e na quinta-feira (29).

Por aqui, no Brasil, No campo político, o projeto do arcabouço fiscal está sob revisão da CAE (Comitê de Assuntos Econômicos), que discute possíveis alterações. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, informou que, se a CAE aprovar o projeto nesta terça-feira (20), o tema poderá ser votado em plenário no mesmo dia. Definido o arcabouço, o Congresso tende a avançar com o texto final da reforma tributária, com promessas de aprovação no mês de julho. Na seara econômica desta segunda-feira, o destaque é o Boletim Focus, com previsões do mercado financeiro para a economia.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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