Bolsas mundiais e índices futuros operam mistos antes de nova fala de Jerome Powell

Em fala ontem (8), presidente do Fed nos EUA não abordou a política monetária, tema muito aguardado por investidores. Por aqui, o Senado aprovou o texto-base da reforma tributária, proposta que vem sendo discutida no país há, pelo menos, quatro décadas.
9 de novembro de 2023

As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, nesta manhã de quinta-feira (9), após as falas de ontem (8) do presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, ocasião em que ele se esquivou de tecer comentários sobre o futuro da política monetária do país.

O discurso de Powell, durante a conferência de estatísticas do banco central dos EUA, era bastante aguardado por analistas. Hoje, ele está programado para falar em outra conferência. Resta saber se, mais uma vez, ele não vai abordar o assunto mais aguardado por investidores.

Além dele, outros membros da autoridade monetária norte-americana estão previstos para falar ao longo do dia.

Ainda hoje nos EUA, também serão apresentados os números semanais de pedidos de seguro-desemprego no país, com consenso LSEG projetando 218 mil solicitações.

Na Europa, os mercados também fecharam mistos e, hoje, os investidores aguardam discurso da presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde.

Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam com alta em sua maioria, após a divulgação dos dados da China, que mostraram que os preços ao consumidor diminuíram mais rapidamente do que o esperado em outubro.

No Brasil, a grande notícia foi a aprovação ontem, pelo plenário do Senado, do texto-base da reforma tributária sobre o consumo, proposta que vem sendo discutida no país há, pelo menos, quatro décadas. Como a PEC passou por mudanças, terá de voltar à Câmara dos Deputados para uma nova votação.

Brasil

Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira (8) em baixa de 0,08%, aos 119.176 pontos, após quatro altas consecutivas.

Embora tenha começado o pregão no campo positivo, o principal índice da Bolsa brasileira foi pressionado pela forte desvalorização do petróleo no mercado internacional e o humor dos mercados externos.

Os investidores também acompanharam os desdobramentos da votação da reforma tributária no Senado, que ainda não havia terminado até o fechamento do pregão, mas o que pesou mesmo nos negócios foi o cenário externo.

Nos Estados Unidos, os investidores esperaram com certa ansiedade pela fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, mas ele evitou comentar sobre a política monetária.

O dólar fechou a R$ 4,9071, com alta de 0,66%, no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam majoritariamente em alta, impulsionadas pelos fortes lucros apresentados pela AstraZeneca e pela Adyen.

No âmbito macroeconômico, para hoje, os investidores aguardam o discurso da presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, e nova fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), Jerome Powell, com expectativa de que abordem o futuro da política monetária nas duas regiões.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,03%
DAX (Alemanha), -0,03%
CAC 40 (França), +0,32%
FTSE MIB (Itália), +0,24%
STOXX 600, +0,16%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única, após uma sessão em que o índice S&P 500 somou sua mais longa sequência de vitórias desde novembro de 2021.

Por lá, os investidores estarão atentos aos dados sobre os pedidos de seguro-desemprego e a novas falas do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, e outros membros da autoridade monetária.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,07%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam, em sua maioria, em alta hoje, após os dados da China mostrarem que os preços ao consumidor diminuíram mais rapidamente do que o esperado em outubro.

Dados do governo mostraram que os preços ao consumidor da China em outubro encolheram 0,2% em termos anuais, mais do que a queda de 0,1% esperada por economistas consultados pela Reuters. Os preços ao produtor caíram 2,6%, um pouco menor que o declínio esperado de 2,7%.

Shanghai SE (China), +0,03%
Nikkei (Japão), +1,49%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,33%
Kospi (Coreia do Sul), +0,23%
ASX 200 (Austrália), +0,28%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, à medida que traders ignoram os indicadores deflacionários na China e procuram mais pistas sobre a situação da demanda por parte dos dois maiores consumidores de petróleo do mundo – EUA e China.

Petróleo WTI, +0,93%, a US$ 76,04 o barril
Petróleo Brent, +1,01%, a US$ 80,34 o barril

Agenda

Nesta quinta-feira (9), serão apresentados os números semanais de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos, com consenso LSEG projetando 218 mil solicitações. Também são aguardados discursos de membros do Fed (Federal Reserve), incluindo o do presidente Jerome Powell.

Na Europa, é aguardado o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o STF (Supremo Tribunal Federal) adiou para esta quinta-feira (9) a retomada do julgamento sobre a legalidade do uso da TR (Taxa Referencial) para correção das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Até o momento, o placar da votação está em 2 a 0 pela inconstitucionalidade do uso da TR para correção das contas do fundo. Pelo entendimento, a correção não pode ser inferior à remuneração da poupança. Na seara de indicadores, serão divulgados os dados do 2º Levantamento da safra de grãos 2023/2024, pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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