As bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York estão operando em trajetória de alta nesta manhã de terça-feira (1º). Os investidores estão na expectativa sobre o início da reunião do Fed (Federal Reserve), a partir de hoje. As projeções indicam que a taxa básica de juros dos EUA vai subir mais 75 pontos-base, para uma faixa de 3,7 a 4% ao ano, uma vez que a inflação americana permanece em patamares altos.
As bolsas asiáticas fecharam em alta após notícias de que a China está negociando o relaxamento de restrições para conter a disseminação da Covid-19. As ações em Hong Kong subiram mais de 5% e lideraram os ganhos da Ásia-Pacífico.
Ainda nos EUA, a temporada de balanços trimestrais das corporações continua. Para este início de mês, são esperados os resultados da Uber, Pfizer, Fox e Airbnb. Além dos balanços, também é aguardada a divulgação de dados econômicos importantes, como de abertura de empregos e gastos com construção.
Na Europa, por sua vez, as bolsas também operam em alta, com investidores aguardando a decisão sobre a taxa de juros americana, que será divulgada amanhã (2).
Ontem (31), o mercado de ações europeu fechou em alta, apesar da inflação de preços ao consumidor da zona do euro subir para um recorde em outubro e da desaceleração acentuada do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (31) em alta de 1,31%, na primeira sessão após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer a disputa presidencial no domingo. O principal índice da Bolsa Brasileira foi aos 116.037 pontos e, no mês, acumulou alta de 5,45%. Já o dólar caiu 2,54%, para para R$ 5,165 para compra e R$ 5,166 para a venda.
Segundo analistas financeiros, o mercado dá indícios de estar com boas expectativas para o terceiro mandato de Lula como presidente. Os investidores avaliam que o petista terá que negociar com o Congresso para implementar determinadas agendas econômicas. Analistas dizem ainda que os investidores estavam cautelosos com a possibilidade de o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), não aceitar o resultado das eleições. Isso pode ter feito com que o mercado, temendo algum problema, buscasse alguma proteção.
Europa
As bolsas europeias estão em movimento de alta, com os investidores na expectativa da decisão da taxa de juros nos EUA na próxima quarta-feira (2). Na região, o mercado acionário fechou em alta ontem, mesmo com os resultados ruins da inflação e do PIB.
FTSE 100 (Reino Unido), +1,28%
DAX (Alemanha), +1,09%
CAC 40 (França), +1,60%
FTSE MIB (Itália), +1,68%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta neste primeiro dia de novembro, após perdas ontem. Agentes do mercado estão na expectativa sobre a reunião do Fed.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,57%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,82%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,98%
Ásia
Na Ásia-Pacífico, as ações em Hong Kong subiram mais de 5% e lideraram os ganhos da região, após encerrar o mês de outubro com uma perda de mais de 14%. Lá, o movimento do mercado segue as notícias de que a China pode arrefecer a política de restrições para conter a Covid-19.
Na Austrália, o Reserve Bank of Australia elevou as taxas de juros em 25 pontos base pela segunda vez consecutiva, conforme esperado pelo mercado.
Shanghai SE (China), +2,62%
Nikkei (Japão), +0,33%
Hang Seng Index (Hong Kong), +5,23%
Kospi (Coreia do Sul), +1,81%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em alta, com o enfraquecimento do dólar, que torna o petróleo mais barato para países detentores de outras moedas. Esse movimento compensa as preocupações sobre a demanda.
Petróleo WTI, +1,34%, a US$ 87,69 o barril
Petróleo Brent, +1,37%, a US$ 94,08 o barril
Agenda
A notícia mais importante desta terça-feira, primeiro dia do mês, é o início da reunião do Fed (Federal Reserve), que definirá a nova taxa básica de juros do país. Além disso, sai o relatório de ofertas de empregos JOLTS, com consenso de se manter em 10 milhões. Investidores também aguardam pelos dados de construção e PMI da indústria.
Por aqui, no Brasil, repercute no noticiário desta terça-feira o movimento antidemocrático de grupos de caminhoneiros apoiadores do presidente derrotado nas eleições, Jair Bolsonaro (PL), que bloqueiam várias estradas pelo país por não aceitarem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No campo econômico, serão divulgados nesta terça-feira, a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), o índice de confiança empresarial, a produção industrial de setembro, com projeção de queda de 0,6% frente agosto e alta anual de 0,7%, e a balança comercial.
Redação ICL Economia
Com informações das agências