As bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York estão no movimento positivo nesta manhã de quarta-feira (11), com os investidores na expectativa da divulgação de dados de inflação dos EUA amanhã (12). Nesta quinta-feira, será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro, um importante indicador utilizado pelo Fed (Federal Reserve) como parâmetro para definir a política de juros.
Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou mais uma vez, em linha com o que já haviam dito outros membros da autoridade monetária americana, que medidas impopulares podem ser tomadas para restaurar a estabilidade de preços, uma vez que a inflação permanece em patamares altos. Contudo, a expectativa é de que o ritmo do aperto monetário seja menor do que foi no ano passado.
As bolsas da Europa operam em alta hoje, com os investidores também aguardando os dados da inflação americana previstos para amanhã.
Por sua vez, os mercados da Ásia também fecharam em alta, em sua maioria, exceto o índice Shanghai, da China. Por lá, a expectativa também é grande em relação à divulgação do índice de preços ao consumidor dos EUA.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (10) em alta, o quinto avanço seguido. Ao longo do dia, os investidores repercutiram os dados de inflação no Brasil, além da expectativa em relação ao discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell. O mercado também seguiu acompanhando os desdobramentos da invasão de terroristas bolsonaristas ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional em Brasília no último domingo (8). O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,55%, a 110.817 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro ,o principal destaque de hoje do Ibovespa ficou com os novos dados de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta de 0,62% no último mês de 2022 ficou acima do avanço observado em novembro, quando a inflação subiu 0,41%, e também foi maior do que a mediana das expectativas de economistas, de alta de 0,45%.
Nas negociações do dia, o dólar caiu 1,06% frente ao real, negociado a R$ 5,201 na compra e a R$ 5,202 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam em alta, com os investidores na expectativa da divulgação dos dados de inflação americana amanhã. Na região, também está no horizonte mais aperto monetário, a fim de que se atinja níveis suficientemente restritivos para garantir um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,37%
DAX (Alemanha), +0,30%
CAC 40 (França), +0,29%
FTSE MIB (Itália), +0,10%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã, enquanto investidores aguardam a divulgação do relatório com os dados da inflação na quinta-feira (12) e os resultados dos principais dos bancos americanos na sexta-feira (13).
Dow Jones Futuro (EUA), +0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,06%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,03%
Ásia
A maioria dos mercados da Ásia-Pacífico fechou em alta hoje, exceto o índice Shanghai, da China, com os investidores à espera do índice de preços ao consumidor dos EUA. Na região, o índice de preços ao consumidor da Austrália subiu 7,3% em novembro em relação ao ano anterior, um sinal de que as pressões inflacionárias ainda não diminuíram. Além disso, a taxa de desemprego da Coreia do Sul em dezembro subiu para 3,3%, a maior alta em 11 meses.
Shanghai SE (China), -0,24%
Nikkei (Japão), +1,03%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,49%
Kospi (Coreia do Sul), +0,35%
Petróleo
As cotações do petróleo também sobem hoje, ampliando os ganhos da véspera, com a expectativa de crescimento da demanda de combustível na China, segundo maior consumidor mundial de petróleo, após a flexibilização da política Covid Zero para controle do avanço da Covid-19.
Petróleo WTI, +0,36%, a US$ 75,39 o barril
Petróleo Brent, +0,36%, a US$ 80,39 o barril
Agenda
Hoje, agenda internacional esvaziada. O destaque é a divulgação, na China, do índice de preços ao consumidor e do índice de preços ao produtor.
Por aqui, no Brasil, na seara política, o noticiário continua quente. O governo Lula acionou ontem (10) o STF (Supremo Tribunal Federal), depois de identificar convocações para protestos nesta quarta-feira (11) em todas as capitais circulando no Telegram. A AGU pediu ao ministro Alexandre de Moraes que adote todas as medidas cabíveis para evitar novas invasões de prédios públicos e a obstrução de rodovias. No campo econômico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará hoje os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro. O consenso Refinitiv prevê recuo de 0,3% em relação ao mês de outubro, mas alta de 1,9% na comparação com mesmo mês de 2021.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
