As bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York começam o primeiro pregão do ano, nesta terça-feira (3), operando no positivo, embora 2022 tenha sido um ano difícil, com inflação em patamares altos nas maiores economias do mundo, aperto monetário e as consequências da guerra na Ucrânia. Agora, os investidores esperam os indicadores a serem divulgados ao longo da semana.
Nos EUA, serão divulgados hoje o PMI industrial de dezembro e os gastos com construção locais. Na quarta-feira (4), sai a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve) do ano passado e a pesquisa de vagas de emprego e rotatividade de trabalho (Jolts). Além disso, dirigentes do banco central dos EUA realizam discursos na quinta e na sexta-feira (5 e 6).
As bolsas da Europa operam no positivo com os investidores avaliando, entre outros aspectos, a reabertura da China após a flexibilização das medidas para controle da Covid-19.
Na Ásia, as bolsas também começaram o ano no campo positivo, com as ações de Hong Kong produzindo o melhor início de ano desde 2018.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (2), o primeiro do ano, em forte queda. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 3,06%, a 106.376 pontos. Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores reagiram mal às medidas econômicas do novo governo referente a continuidade da desoneração dos combustíveis.
O ano teve início com importantes medidas econômicas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo publicou hoje a medida provisória que prorroga a desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis. O mercado tinha, no entanto, a perspectiva de que as isenções acabariam na virada do ano. Para investidores, embora a continuidade da desoneração possa ter um impacto positivo na inflação, os agentes econômicos veem os danos fiscais causados por ela como mais graves.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar comercial fechou o primeiro pregão do ano em alta de 1,51%, a R$ 5,359 na compra e R$ 5,360 na venda.
Europa
As bolsas da Europa também operam em forte alta, com os investidores avaliando a reabertura da China após a flexibilização das medidas para controle da Covid-19, os dados macroeconômicos norte-americanos dos próximos dias e os indicadores locais. Na Alemanha, a taxa de desemprego fecho o ano passado em 5,5%.
FTSE 100 (Reino Unido), +2,18%;
DAX (Alemanha), +1,45%;
CAC 40 (França), +1,41%;
FTSE MIB (Itália), +1,54%.
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA vinculados ao Dow Jones Industrial Average também estão em alta nesta manhã. O movimento positivo contrasta com o pessimismo do final de 2022.
Dow Jones Futuro (EUA), +1,03%;
S&P 500 Futuro (EUA), +1,12%;
Nasdaq Futuro (EUA), +1,20%.
Ásia
As bolsas asiáticas começam 2023 também no positivo. As ações de Hong Kong produziram o melhor início de ano desde 2018, elevando o mercado para uma alta de quatro meses. Os investidores locais estão reconstruindo suas posições enquanto ignoram uma série de dados econômicos considerados fracos da China, apesar de índice de referência de Xangai ter registrado seu ano novo mais forte desde o começo de 2020. Na região, investidores e autoridades aguardam as consequências da flexibilização das regras para controle da Covid-19.
Shanghai SE (China), +0,88%;
Nikkei (Japão), Feriado;
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,84%;
Kospi (Coreia do Sul), -0,31%.
Petróleo
As cotações do petróleo começaram o ano em alta, mas as perspectivas para o ano são de queda, de acordo com projeções do chefe global de pesquisa de commodities do Citi, Ed Morse. Na opinião dele, a volatilidade em torno dos mercados de petróleo permanecerá nas próxima semanas por conta da guerra na Ucrânia e com o papel crucial da Rússia nesse mercado.
Petróleo WTI, +0,41%, a US$ 80,59 o barril;
Petróleo Brent, +0,26%, a US$ 86,13 o barril.
Agenda
Nesta terça-feira, são aguardados o índice de inflação de dezembro na Alemanha e os dados de gerentes de compras (PMI) dos Estados Unidos, e os gastos com construção locais.
Por aqui, no Brasil, com agenda econômica esvaziada, na seara política a movimentação continua quente. Hoje, tomam posse novos ministros do governo Lula, como Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Renan Filho (Transportes) e Carlos Lupi (Previdência Social). Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de live com jornalistas do site Brasil 247, em transmissão no YouTube.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
