As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória negativa, nesta manhã de quarta-feira (13), com os investidores à espera da divulgação, ainda hoje, do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto dos EUA. Esse dado ajudará a balizar as decisões do Federal Reserve (Fed), em relação aos juros do país, na reunião da próxima semana.
Para o índice amplo medido pelo CPI, o consenso Refinitiv prevê um avanço de 0,6% em agosto na comparação com julho e de 3,6% em bases anuais. Já para o núcleo, a expectativa é de alta mensal de 0,2% e anual de 4,3%.
Além da expectativa em relação ao CPI, a alta dos preços do petróleo também pesa no humor dos mercados, que ainda digerem os detalhes dos lançamentos e preços da Apple apresentados na véspera e seu reflexo sobre o setor de tecnologia.
Na Europa, a produção industrial na zona do euro caiu 1,1% em termos mensais em julho, atingindo um declínio anual de 2,2%.
O PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido caiu 0,5% em julho, abaixo da contração de 0,2% prevista por analistas.
Na Ásia, por sua vez, os mercados fecharam em queda generalizada, com os investidores repercutindo os dados econômicos do Japão e da Coreia do Sul.
No Japão, a confiança empresarial caiu em setembro, enquanto a taxa de desemprego da Coreia do Sul de agosto atingiu 2%, o valor mais baixo desde junho de 1999.
No Brasil, com a agenda de indicadores esvaziada, investidores devem seguir repercutindo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado ontem pelo IBGE, que reforçou a aposta de que Copom manterá plano de cortes de 50 pontos-base na Selic até o final do ano. A autoridade monetária se reúne na próxima semana para definir a nova taxa básica de juros (Selic).
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (12) em alta, refletindo o resultado da inflação de agosto, que veio abaixo das projeções de mercado e pode dar sinais sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom). O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,93%, aos 117.968 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o principal destaque do dia ficou com a inflação brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o indicador subiu 0,23% em agosto e passou a acumular uma alta de 4,61% em 12 meses. O resultado representa uma aceleração do IPCA frente aos últimos meses: em julho subiu 0,12% e em junho o índice teve uma deflação de 0,08%.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar ganhou 0,44% frente ao real, cotado a R$ 4,953 na compra e na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam com queda nesta quarta-feira, com os investidores aguardando os dados de inflação dos EUA de agosto.
Na frente de dados econômicos da região, os números oficiais mostraram que a economia do Reino Unido contraiu 0,5% em julho, percentual maior que a queda de 0,2% esperada por economistas.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,31%
DAX (Alemanha), -0,62%
CAC 40 (França), -0,72%
FTSE MIB (Itália), -0,82%
STOXX 600, -0,71%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã de quarta-feira (13), ampliando as perdas da sessão anterior, enquanto investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor, que poderá fornecer dicas sobre as perspectivas para a política monetária do Fed.
Wall Street prevê uma pausa nos aumentos dos juros na próxima reunião do Fed. Os dados de preços dos Fed Funds indicam uma probabilidade de 93% de as taxas permanecerem inalteradas, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,08%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,07%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em baixa hoje, à medida que os investidores digerem os dados econômicos do Japão e da Coreia do Sul.
O Nikkei 225, do Japão, fechou com baixa após uma sequência de três dias de vitórias, caindo 0,21% para 32.706,52, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,07% para terminar em 2.534,7 pontos.
Shanghai SE (China), -0,45%
Nikkei (Japão), -0,21%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,09%
Kospi (Coreia do Sul), -0,07%
ASX 200 (Austrália), -0,74%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com alta, devido a uma perspectiva de oferta mais restritiva e ao otimismo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) com relação à resiliência da demanda por energia nas principais economias.
Petróleo WTI, +0,61%, a US$ 89,38 o barril
Petróleo Brent, +0,56%, a US$ 92,58 o barril
Agenda
A agenda desta quarta-feira é marcada pelo índice preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente ao mês de agosto, dos Estados Unidos.
Para o índice amplo, o consenso Refinitiv prevê um avanço de 0,6% em agosto na comparação com julho e de 3,6% em bases anuais. Já para o núcleo, a expectativa é de alta mensal de 0,2% e anual de 4,3%.
Por aqui, no Brasil, no campo político, as exceções instituídas no projeto de reforma tributária pelo Congresso Nacional reduziram o espaço para a devolução parcial de tributos pagos pelos mais pobres sobre a cesta básica, disse ontem (12) o secretário extraordinário da reforma do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. Ele, no entanto, disse que o mecanismo, chamado de cashback, poderá ser instituído, mesmo que em escala menor que o originalmente previsto. Agenda de indicadores esvaziada nesta quarta-feira.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, do InfoMoney e da Bloomberg