As bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York estão em trajetória de alta, nesta manhã de sexta-feira (27), revertendo o movimento negativo da véspera, após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, que avançou 4,9% no terceiro trimestre, acima das projeções.
Hoje, os analistas aguardam indicadores importantes, como os dados de inflação medidos pelo PCE, um dos principais utilizados pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para estruturar a política monetária. Também serão apresentados os dados de rendimento pessoal, gastos pessoais (com estimativa LSEG de 0,5% na comparação mensal), o BEA: deflator do PCE (com projeção de 0,4%), o índice de confiança da Universidade de Michigan e a sondagem de serviços pelo Fed.
Nesta manhã, os Treasurys yields estão subindo. O retorno do Treasury de 10 anos sobe 1,9 ponto-base (pb) para para 4,864%, enquanto o rendimento do de 2 anos avança 1,1 pb para 5,05%.
A guerra no Oriente Médio também é outro tema que está no radar dos investidores, à medida que a tensão na região aumenta a cada dia. O representante do Hamas, Abu Hamid, informou que reféns não serão soltos até que um cessar fogo seja negociado com Israel.
No campo corporativo, a temporada de balanços do terceiro trimestre também continua a todo vapor. Ontem, foram divulgados os números da Amazon, com dados bem acima do esperado, e o balanço da Ford, que teve lucro de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, abaixo da expectativa do mercado.
Na Europa, a bolsas também operam no positivo, com a atenção dos investidores na temporada de resultados e após a decisão do BCE (Banco Central Europeu) de manter os juros em 4%, como esperado pelo mercado.
As bolsas asiáticas também encerraram o dia em alta.
Brasil
O mercado financeiro, tanto aqui quanto no exterior, não pode reclamar de marasmo na quinta-feira (16). Vários assuntos agitaram o dia e, por aqui, o Ibovespa repercutiu, principalmente, o avanço da pauta econômica no Congresso Nacional, e fechou a 1,73%, aos 114.776 pontos.
Por aqui, os investidores mostraram otimismo após a evolução da aprovação do projeto de taxação dos fundos de super-ricos e offshores pela Câmara, a aprovação da prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e a leitura do relatório da reforma tributária, ambos pelo Senado.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em leve queda de 0,23%, a R$ 4,9902.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo positivo nesta manhã, com a atenção dos investidores voltada à temporada de balanços e o sentimento global de risco.
O índice regional Stoxx 600 estava 0,1% mais baixo, com as ações de mídia caindo 1,15% e o setor de petróleo e gás subindo 1,16% devido aos fortes ganhos nos preços do petróleo bruto.
O índice teve uma semana geralmente fraca, mas está caminhando para o pior desempenho mensal desde setembro de 2022, de acordo com dados da LSEG (London Stock Exchange Group).
FTSE 100 (Reino Unido), +0,32%
DAX (Alemanha), +0,58%
CAC 40 (França), -0,29%
FTSE MIB (Itália), +0,66%
STOXX 600, +0,19%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam em alta nesta manhã, após a divulgação dos dados preliminares do PIB dos EUA. Hoje as expectativas são para os dados da inflação medida pelo PCE, que deverá dar uma diretriz sobre os próximos passos do Fed na definição da política monetária.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,36%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,66%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,02%
Ásia-Pacífico
As bolsas asiáticas encerraram o dia em alta, com índice na Austrália se recuperando após chegaram ao ponto mais baixo do ano ontem (26).
Shanghai SE (China), +0,99%
Nikkei (Japão), +1,27%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,08%
Kospi (Coreia do Sul), +0,16%
ASX 200 (Austrália), +0,21%
Petróleo
O petróleo hoje volta a avançar, após queda de ontem com expectativas de redução de tensões no Oriente Médio. Hoje, com a divulgação de novos ataques à instalações do Hamas e a morte de 50 reféns isralenses, de acordo com o grupo terrorista, o preço da commodity voltou a subir.
Petróleo WTI, +2,13%, a US$ 85,32 o barril
Petróleo Brent, +2,26%, a US$ 90,19 o barril
Agenda
Na agenda de dados econômicos dos Estados Unidos estão previstos a inflação medida pelo PCE, dados de rendimento pessoal, gastos pessoais, o BEA: deflator do PCE, o índice de confiança da Universidade de Michigan e a sondagem de serviços pelo Fed.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, os estados e os municípios poderão pegar mais R$ 5 bilhões emprestados no sistema financeiro até o fim do ano. O CMN (Conselho Monetário Nacional) ampliou o limite de contratação de operações de crédito pelos governos locais sem garantia do Tesouro Nacional. Na seara econômica, estão previstas as divulgações da Sondagem da Indústria pela FGV, resultado primário do governo federal (Tesouro), nota à imprensa do Banco Central sobre política monetária e operações de crédito.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg