Bolsas mundiais operam mistas após resultado da Microsoft, notícias vindas da China e discurso de Powell no radar dos investidores

O aumento de 13% da receita da Microsoft no último trimestre, para US$ 56,5 bi, foi o maior já registrado em seis trimestres. Na Ásia, o governo chinês ampliou seu orçamento com um plano bilionário de emissão de dívida para garantir meta de crescer mais de 5% este ano.
25 de outubro de 2023

As bolsas mundiais operam mistas, nesta manhã de quarta-feira (25), com os investidores repercutindo os resultados da Microsoft e o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, ainda hoje. Além disso, também aguardam os balanços do terceiro trimestre da Meta, Boeing e IBM.

O aumento de 13% da receita da Microsoft no último trimestre, para US$ 56,5 bilhões, foi o maior já registrado em seis trimestres, com ganhos associados à melhora da divisão de computação em nuvem gerada pela demanda de produtos ligados à inteligência artificial. As ações da gigante de tecnologia subiam esta manhã.

Por outro lado, os papéis da Alphabet recuavam ao redor de 7% após a controladora do Google informar que a receita de sua unidade de computação em nuvem caiu para US$ 266 milhões no terceiro trimestre, bem inferior à média estimada (US$ 434 milhões).

Em relação ao rendimento dos títulos do Tesouro norte-americana, o retorno do Treasury de 10 anos cresce para para 4,844%, enquanto o Treasury yield de 2 anos recua 0,9 pb, a 5,062%, e o de 5 anos desce 0,5 ponto-base, a 4,819%.

Hoje, o foco dos investidores também está direcionado à decisão da China de ampliar extraordinariamente seu orçamento com um plano bilionário de emissão de dívida para garantir o crescimento do país de mais de 5% este ano.

O governo chinês aprovou um plano para elevar a dívida fiscal neste ano de 3% para 3,8%, com emissão adicional de dívida soberana de US$ 137 bilhões no quarto trimestre. Os mercados locais reagiram positivamente, apesar de concretizado o esperado calote da incorporadora chinesa Country Garden.

Com relação à guerra entre Israel e o Hamas, o destaque é a falta de combustível na Faixa de Gaza. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), não será possível continuar operações de envio de recursos para ajuda humanitária se não receberem combustível.

Entre as operações potencialmente prejudicadas, estão o transporte de recursos, a dessalinização da água e uso em equipamentos médicos.

Brasil

O Ibovespa deu fim à sequência de cinco pregões negativos, na terça-feira (24), e encerrou o dia em alta de 0,87%, ao patamar de 113.761 pontos.

O sentimento nos mercados foi tomado pela menor aversão a riscos, o que fez com que as bolsas ao redor do mundo encerrassem o dia em alta após as perdas recentes.

Como a agenda do dia esteve esvaziada de indicadores por aqui, tomou conta do mercado financeiro brasileiro os acontecimentos do exterior.

Nas negociações do dia, o dólar terminou a sessão em queda de 0,46%, negociado a R$ 4,9937.

Europa

A maioria das bolsas da Europa opera em queda, com exceção do FTSE 100 do Reino Unido.

Nem mesmo o resultado acima das expectativas do Deutsche Bank, que levou suas ações a subirem mais de 7% durante a manhã, conseguiu segurar a queda do índice Stoxx 600, que caiu 0,38% com os diversos setores operando mistos.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,11%
DAX (Alemanha), -0,16%
CAC 40 (França), -0,22%
FTSE MIB (Itália), -0,65%
STOXX 600, -0,24%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam mistos, com alta do Dow Jones após abertura de sessão em queda. Em dia de agenda relativamente esvaziada de indicadores, o foco é na divulgação de resultados e no acompanhamento da trajetória dos Treasury yields.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,17%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,41%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,66%

Ásia-Pacífico

As bolsas asiáticas fecharam mistas, com altas da bolsa de Shangai (0,4%), da Nikkei (0,67%) e do índice HSI (0,55%).

Shanghai SE (China), +0,4%
Nikkei (Japão), +0,67%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,55%
Kospi (Coreia do Sul), -0,85%
ASX 200 (Austrália), -0,04%

Petróleo

O petróleo passou a subir nesta manhã, após fechar as sessões de segunda e terça no negativo. O recuo da commodity ocorreu pressionado por sinais de contração econômica na Europa, pela valorização do dólar, e pelas incertezas geopolíticas relacionadas à guerra entre Israel e Hamas.

Petróleo WTI, +0,08%, a US$ 83,82 o barril
Petróleo Brent, +0,23%, a US$ 88,27 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados das vendas de novas moradias, mas o destaque do dia é o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, no fim da tarde.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (24) que ele próprio anunciará as indicações para compor a diretoria do Banco Central, e que não resta nada para ainda ser definido sobre o assunto. Haddad explicou que está no momento comunicando a pessoas específicas sobre os futuros escolhidos – para que elas não saibam do anúncio pela imprensa – e que conversou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Haddad evitou comentar o perfil dos escolhidos, mas disse que são “gente conhecida”. Na agenda de indicadores, saem hoje os dados de confiança do consumidor, do mercado aberto (BCB), resultados setoriais pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e da dívida pública federal, pelo Tesouro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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