As bolsas mundiais operam mistas nesta manhã de quarta-feira (17), enquanto os índices futuros estão em trajetória de alta, com os investidores repercutindo o movimento positivo das ações do Western Alliance, após o banco regional ter apontado crescimento em seus depósitos, o que debelou, ao menos por hora, as preocupações em relação à saúde financeira das instituições bancárias.
Outro assunto no radar dos investidores é o desenrolar das negociações entre o governo norte-americano e as lideranças do Congresso a respeito do teto da dívida, que vence agora em junho.
Ontem (16), membros da Casa Branca disseram que o presidente Joe Biden instruiu sua equipe a tratar do tema diariamente, pois um possível default (calote) por parte dos Estados Unidos afetaria toda a economia global, embora Biden já tenha dito que isso está fora de cogitação.
O presidente norte-americano também cancelou a segunda etapa de uma viagem internacional para poder se encontrar mais uma vez com os líderes congressistas e garantir uma ação do Congresso a tempo de prevenir um possível default.
Os investidores também aguardam para hoje dados sobre início de moradias e licenças de construção.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (16) em queda com investidores monitorando os balanços corporativos do dia. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,77%, para 108.193 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o Ibovespa sofreu impactos após uma sequência de oito pregões consecutivos em alta, mas houve também interferências do cenário externo. Ontem (16), o indicador tinha tudo para ser positivo, com a Petrobras subindo forte, mas a Bolsa terminou no vermelho.
Nas negociações do dia, o dólar ganhou força frente ao real, com alta de 1,12%, a R$ 4,942 na compra e a R$ 4,943 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam mistas, com destaque para as ações do setor financeiro, que registrou queda de 1,4%, seguidos por produtos químicos, que caíram 0,7%. Os industriais lideraram os ganhos modestos.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,08%
DAX (Alemanha), +0,31%
CAC 40 (França), -0,06%
FTSE MIB (Itália), -0,30%
STOXX 600, -0,09%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quarta-feira, com investidores aguardando à espera de dados do setor de construção de moradias e notícias sobre as negociações entre congressistas e o presidente Joe Biden sobre o teto da dívida dos EUA.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,28%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,25%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,18%
Ásia
A exemplo das bolsas da Europa, os mercados asiáticos também fecharam sem direção definida, à medida que investidores digerem dados econômicos da região, enquanto aguardam pela definição do teto da dívida dos EUA.
A economia do Japão cresceu 1,6% no primeiro trimestre do ano em base anualizada, superando as expectativas do consenso Refinitiv de um crescimento anualizado de 0,7%.
Shanghai SE (China), -0,21%
Nikkei (Japão), +0,84%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,09%
Kospi (Coreia do Sul), +0,58%
ASX 200 (Austrália), -0,49%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com baixa, após um aumento surpreendente nos estoques de petróleo dos EUA alimentar preocupações com a demanda. Dados econômicos mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos e na China, os dois maiores consumidores de petróleo, preocuparam os traders.
Petróleo WTI, -0,11%, a US$ 70,78 o barril
Petróleo Brent, -0,03%, a US$ 74,89 o barril
Agenda
Para hoje, é aguardada nos EUA a divulgação dos dados do início de construções de moradias de abril.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara dos Deputados deve votar hoje a urgência do projeto do arcabouço fiscal. A decisão de colocar o texto em pauta foi tomada após reunião dos líderes de bancada. Se aprovado, o texto segue direto para análise em Plenário, sem que a discussão tenha que passar por comissões. Outro tema importante no âmbito político é a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Japão. Ele vai participar da 49ª Cúpula do G7, que começa no próximo sábado, dia 20, e termina no dia 21, domingo. Na agenda de indicadores, saem os dados de vendas do varejo de março. O consenso do mercado prevê uma contração de 0,8% na comparação com fevereiro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias