Bolsas mundiais operam no azul depois do anúncio de aporte de US$ 30 bi em socorro do First Republic Bank

Movimento foi orquestrado pelo governo norte-americano com o objetivo de estabilizar a instituição e evitar possíveis maiores consequências para os mercados em uma semana já agitada por problemas com outras instituições
17 de março de 2023

As bolsas mundiais operam no campo positivo nesta manhã de sexta-feira (17), depois que um grupo de 11 bancos anunciou ontem (16) um aporte de US$ 30 bilhões no First Republic Bank. O movimento foi orquestrado pelo governo norte-americano com o objetivo de estabilizar a instituição e evitar possíveis maiores consequências em uma semana em que os mercados ficaram agitados após o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank, no fim de semana passado, e do Credit Suisse na terça-feira passada.

“Esta demonstração de apoio de um grupo de grandes bancos é muito bem-vinda e mostra a resiliência do sistema bancário”, diz uma nota conjunta da secretária do Tesouro, Janet L. Yellen; do presidente do Federal Reserve, Jerome H. Powell; e do presidente do presidente da Federal Deposit Insurance Corporation, Martin Gruenberg.

Em relação ao SVB e ao Signature as autoridades americanas agitaram rapidamente para mitigar os impactos das falências das instituições voltadas, respectivamente, a startups e ao mercado de criptomoedas.

Anteontem (15), o Credit Suisse disse que tomaria US$ 54 bilhões em empréstimos ao banco central da Suíça para fortalecer sua liquidez, o que ajudou a acalmar a turbulência dos mercados após a divulgação do balanço da instituição mostrar inconsistências, o que gerou uma crise de confiança a respeito da saúde financeira do banco.

Diante desse cenário, agora os investidores aguardam a reunião do Fed (Federal Reserve) na próxima semana (21 e 22 de março) para ver se a autoridade monetária vai manter ou não o ritmo atual de reajuste da taxa de juros dos EUA.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (16) em alta com investidores repercutindo o empréstimo que será concedido ao banco Credit Suisse pelo Banco Central da Suíça. Eles avaliaram também os dados do mercado de trabalho norte-americano e a nova alta de juros da zona do euro por parte do Banco Central Europeu (BCE). Com as movimentações, o principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,74%, aos 103.434 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, a desconfiança com o setor bancário global tomou conta do sistema financeiro. O sentimento se espalhou ontem quando as ações do Credit Suisse tombaram mais de 25% com a notícia de que seu maior investidor, o Banco Nacional Saudita, não aceitou realizar um novo aporte financeiro para ajudar a companhia.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu 1,03% frente ao real cotado a R$ 5,239 na compra e a R$ 5,24 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta na sessão de hoje, após o Credit Suisse e o First Republic Bank receberem ajuda financeira para evitar uma crise maior no sistema financeiro global.

Das notícias da região, ontem o BCE (Banco Central Europeu) elevou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual. Outro destaque foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que subiu 8,5% em fevereiro na base anual. O consenso Refinitiv previa alta de 0,8% na base mensal e 8,5% na base anual.

FTSE 100 (Reino Unido), +1,06%
DAX (Alemanha), +0,82%
CAC 40 (França), +0,68%
FTSE MIB (Itália), +1,44%
STOXX 600, +0,89%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leve alta nesta manhã de sexta-feira, depois que um grupo de bancos anunciou socorro financeiro de US$ 30 bilhões ao First Republic Bank, em uma tentativa de aumentar a confiança no sistema bancário.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,04%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,06%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta, com os investidores repercutindo as decisões de socorrer o Credit Suisse e o First Republic Bank.

Shanghai SE (China), +0,73%
Nikkei (Japão), +1,20%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,64%
Kospi (Coreia do Sul), +0,75%
ASX 200 (Austrália), +0,42%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, depois que uma reunião entre a Arábia Saudita e a Rússia acalmou os mercados. No entanto, os contratos de referências do petróleo ainda caminham para uma segunda queda semanal após as crises bancárias da semana, que resultou em muitas vendas desses contratos.

Petróleo WTI, +0,35%, a US$ 68,59 o barril
Petróleo Brent, +0,28%, a US$ 74,91 o barril

Agenda

Para hoje, nos EUA, é aguardada a divulgação da orodução industrial de fevereiro e o índice de confiança do consumidor de março.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará hoje o novo arcabouço fiscal para a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No âmbito econômico, sai taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua. O consenso Refinitiv projeta a taxa em 8,3%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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