As bolsas mundiais começam a semana operando no modo volátil, entre perdas e ganhos, enquanto os investidores aguardam dados econômicos importantes da zona do euro e digerem informações sobre a atividade industrial da China.
A zona do euro divulga hoje o PIB (Produto Interno Bruto) preliminar e a inflação do bloco. Do lado asiático, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da China atingiu 49,2, abaixo, portanto, do previsto pelo consenso de mercado. Por sua vez, nos EUA, o movimento dos índices futuros é de baixa.
Dados preliminares divulgados na segunda-feira mostraram que a inflação da zona do euro chegou a 10,7% ao ano no mês passado. Já o PIB subiu 0,2% no terceiro trimestre na comparação trimestral, em linha com o esperado, após subir a uma taxa de 0,8% no segundo trimestre.
Ainda nos EUA, a temporada de balanços continua esta semana, com Uber, Pfizer e Advanced Micro Devices. Mas o evento mais importante começa amanhã (1º), com a reunião do Fed (Federal Reserve).
A expectativa é de que o banco central deve aumentar as taxas em três quartos de porcentagem novamente na quarta-feira. Por outro lado, investidores estão procurando um sinal do comunicado ou da coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell, de que o Fed pode interromper seus aumentos em um futuro próximo.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (28) em queda, no último dia de negócios antes do segundo turno das eleições. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,09%, a 114.539 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a divulgação dos indicadores econômicos do FGV Ibre, que mostram um novo recuo do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), no terceiro mês seguido de taxa negativa, influenciou nas negociações do dia no Ibovespa. Já a confiança do comércio e dos serviços caíram em outubro, indicando desaceleração dos setores.
Nas negociações do dia, o dólar caiu 0,12% nesta sexta, cotado a R$ 5,30 na compra e na venda.
Europa
As bolsas europeias operam em baixa, enquanto investidores repercutem os números de inflação e do PIB da zona do euro.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,18%
DAX (Alemanha), -0,18%
CAC 40 (França), -0,35%
FTSE MIB (Itália), -0,27%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã (31), apagando parte dos ganhos de sexta, depois que dados econômicos apontaram para a desaceleração da inflação e um consumo estável.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,52%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,67%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,85%
Ásia
As bolsas asiáticas, por sua vez, fecharam sem direção definida, com a atividade fabril na China abaixo das expectativas. Os mercados da região também aguardam a reunião do Fed no meio da semana.
Shanghai SE (China), -0,77%
Nikkei (Japão), +1,78%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,18%
Kospi (Coreia do Sul), +1,11%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em baixa com as preocupações de que a ampliação das restrições ao Covid-19 na China reduzirá a demanda, compensando os sinais de que a produção no principal campo de xisto dos EUA está perdendo força.
Petróleo WTI, -0,81%, a US$ 87,19 o barril
Petróleo Brent, -0,65%, a US$ 95,15 o barril
Agenda
A notícia mais importante e aguardada da semana é a reunião do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc, na sigla em inglês). Os investidores aguardam com ansiedade se o ciclo de aperto monetário continuará. Outro destaque da agenda semanal será a divulgação dos dados oficiais do mercado de trabalho americano, que serão divulgados na sexta-feira (4). O consenso Refinitiv, com a média das projeções do mercado, aponta para a criação de 220 mil vagas de trabalho em outubro. Para hoje, será divulgado o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês).
Por aqui, no Brasil, no campo político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu ontem (30) o segundo turno, em uma vitória apertada contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). No âmbito econômico, saem o Boletim Focus e o resultado primário do setor público de setembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências