Bolsas mundiais sobem com inflação ao produtor e vendas no varejo nos EUA no radar de investidores

No Brasil, o destaque do dia são os dados do varejo, com consenso LSEG prevendo alta de 0,2% na base mensal e de 1,3% na base anual. 
14 de março de 2024

As bolsas mundiais operam em movimento positivo, nesta manhã de quinta-feira (14), com investidores à espera dados de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e de vendas no varejo nos EUA, que podem levar a ajustes nas expectativas para a trajetória dos juros no país este ano.

O PPI é o último grande dado econômico a ser divulgado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve na próxima semana.

Os novos dados da economia norte-americana são monitorados após os preços ao consumidor (CPI) virem acima do previsto em fevereiro.

Na Ásia, os mercados fecharam mistos hoje, refletindo o comportamento de Wall Street ontem, em dia marcado por agenda de indicadores esvaziada.

Os mercados globais de petróleo enfrentam um déficit de oferta ao longo de 2024, em vez do excedente anteriormente esperado, já que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) parece pronta para continuar cortando a produção no segundo semestre do ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

No Brasil, dados do varejo também são destaque, com consenso LSEG prevendo alta de 0,2% na base mensal e de 1,3% na base anual.

Brasil

Com a agenda de indicadores esvaziada por aqui e no exterior, o Ibovespa conseguiu salvar o dia ancorado na Vale. O principal indicador da bolsa brasileira fechou em alta de 0,26% na quarta-feira (13), aos 128.006 pontos.

Apesar da queda do minério de ferro em Dalian (China), a Vale (VALE3) conseguiu reverter o sinal dos últimos dias, ao fechar com alta de 0,64% ontem.

A mineradora, e todo o setor de siderurgia e mineração, repercutiu o anúncio de novos estímulos na economia chinesa.

Por sua vez, a Petrobras (PETR4), que esteve nos holofotes nos últimos dias devido ao imbróglio dos dividendos, fechou o pregão com queda de 1,20%, depois de experimentar alta no meio da sessão e oscilação no começo da tarde.

O dólar terminou o dia com avanço de 0,03%, a R$ 4,9762 no mercado à vista.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta hoje, ampliando ganhos recentes e com novas máximas intraday dos índices acionários de Frankfurt e Paris, enquanto investidores aguardam dados econômicos relevantes dos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): 0,00%

DAX (Alemanha): +0,23%

CAC 40 (França): +0,81%

FTSE MIB (Itália): +0,31%

STOXX 600: +0,29%

Estados Unidos

Os índices futuros sobem hoje, com o índice de preços ao produtor, que mede a inflação no atacado, e dados do varejo no radar dos investidores.

A respeito da inflação ao produtor, o consenso LSEG prevê alta de 0,3% na base mensal e de 1,1% na base anual.

Dow Jones Futuro: +0,33%

S&P 500 Futuro: +0,33%

Nasdaq Futuro: +0,47%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única e com variações modestas nesta quinta-feira, repetindo o comportamento de Wall Street ontem.

O índice Nikkei subiu 0,29%, a 38.807,38 pontos, depois de ficar no vermelho nos três pregões anteriores em meio a rumores de que o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) se prepara para abandonar sua política de juro negativo.

Na China continental, os mercados tiveram perdas leves a moderadas: o Xangai Composto caiu 0,18%, a 3.038,23 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,59%, a 1.758,09 pontos.

Shanghai SE (China), -0,18%

Nikkei (Japão): +0,29%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,71%

Kospi (Coreia do Sul): +0,94%

ASX 200 (Austrália): -0,20%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem após uma queda surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA indicar o fortalecimento da demanda, enquanto possíveis interrupções na oferta após ataques ucranianos às refinarias russas também sustentaram os preços ontem.

Petróleo WTI, +0,85%, a US$ 80,40 o barril

Petróleo Brent, +0,75%, a US$ 84,66 o barril

Agenda

A agenda de hoje tem como destaque os dados do varejo e a inflação ao produtor nos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o Ministério da Fazenda prepara uma contraproposta para a desoneração dos municípios, que deverá limitar o benefício a cidades com até 50 mil habitantes – uma redução em relação ao escopo original do projeto, que beneficia populações de até 156 mil habitantes. O governo também negocia a previsão de uma espécie de Refis para as prefeituras que têm dívidas não pagas com a Previdência. Durante a tramitação do texto que criou o incentivo fiscal, no ano passado, representantes dos prefeitos alegavam que a dívida dos municípios com o INSS somava R$ 240 bilhões – o que não é confirmado pela Fazenda. Na seara de indicadores, saem hoje os dados das vendas no varejo de janeiro, com o consenso LSEG prevendo alta de 0,2% na base mensal e de 1,3% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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