Bolsas no positivo após corte de juros nos EUA; no Brasil, Copom seguiu caminho contrário

Na agenda por aqui, a FGV anuncia o IGP-M de setembro (2ª prévia) e a CNI divulga a Sondagem da Indústria da Construção. Também está prevista a divulgação da arrecadação federal de agosto.
19 de setembro de 2024

As bolsas mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de quinta-feira (19), um dia após o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) reduzir a taxa de juros em 0,50 ponto percentual e indicar novos cortes no futuro. A taxa passou a oscilar dentro de uma banda entre 4,75% e 5,00%.

Foi a primeira redução dos juros por lá desde 2020. O presidente da autoridade monetária norte-americana, Jerome Powell, indicou mais um corte de 0,50 p.p. ainda este ano, de 1,00 p.p. no ano que vem e de 0,50 p.p. em 2026.

Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, no caminho contrário, elevou ontem a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, o que é ruim para a economia brasileira, pois encarece crédito, investimentos e encarece a dívida pública. Em comunicado, a autoridade monetária brasileira reafirmou seu compromisso em perseguir a meta de inflação, de 3% ao ano, podendo oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto), sugerindo que, se for necessário, pode fazer novos ajustes para cima.

Na Europa, hoje também é dia de decisão de juros. O BoE (Banco da Inglaterra) provavelmente manterá os juros pela segunda reunião consecutiva. O governador Andrew Bailey pode dar aos investidores mais dicas de que o BoE cortará as taxas novamente em novembro.

Na Ásia, o PBoC (Departamento de Política Monetária do Banco do Povo da China, na tradução para o português) também anuncia decisão de juros hoje.

Na agenda por aqui, a FGV (Fundação Getulio Vargas) anuncia o IGP-M de setembro (2ª prévia) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulga a Sondagem da Indústria da Construção. Também está prevista a divulgação da arrecadação federal de agosto.

Brasil

Ibovespa encerrou a quarta-feira (18) com baixa de 0,90%, aos 133.747 pontos, depois que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) anunciou corte de 0,50 ponto percentual em suas taxas de juros. É a primeira queda desde março de 2020.

Além disso, a autoridade monetária dos Estados Unidos projetou ao menos mais um corte de 0,50 p.p. ainda este ano; de 1,00 p.p. no ano que vem; e de 0,50 p.p. em 2026.

O mercado começou otimista, depois foi virando o humor a partir do momento em que as informações começaram a ser digeridas.

A Bolsa brasileira fechou antes da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que, ao contrário do Fed, elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 p.p., para 10,75% ao ano.

O dólar comercial, por sua vez, terminou o dia com a sexta perda seguida, agora com 0,47%, a R$ 5,46.

Europa

As bolsas europeias operam com ganhos, enquanto os investidores digerem a decisão da política monetária nos Estados Unidos e aguardam a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) sobre a taxa de juros hoje. O BoE deve manter as taxas de juros estáveis ​​em 5%.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,80%
DAX (Alemanha): +0,85%
CAC 40 (França): +1,33%
FTSE MIB (Itália): +0,77%
STOXX 600: +0,88%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos também operam no campo positivo, com os investidores repercutindo a decisão do Fed (Federal Reserve) ontem, enquanto aguardam os dados das vendas de casas usadas em agosto, os últimos pedidos semanais de auxílio-desemprego e o resultado fiscal de agosto.

Dow Jones Futuro: +0,96%
S&P 500 Futuro: +1,31%
Nasdaq Futuro: +1,74%

Ásia

Os mercados da Ásia fecharam em alta generalizada, com investidores avaliando a decisão do Fed e a decisão do Banco Central de Hong Kong, que também reduziu sua taxa básica de juros pela primeira vez em quatro anos após o corte do Fed.

Por lá, o Banco do Japão deu início a uma reunião de dois dias que termina na sexta-feira, na qual a autoridade monetária também tomará uma decisão sobre os juros, após o banco central japonês ter encerrado seu regime de taxas de juros ultrabaixas de décadas no início deste ano.

Shanghai SE (China), +0,69%
Nikkei (Japão): +2,13%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,00%
Kospi (Coreia do Sul): +0,21%
ASX 200 (Austrália): +0,61%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem mais de 1%, com os traders monitorando as tensões crescentes no Oriente Médio.

Petróleo WTI, +1,06%, a US$ 71,66 o barril
Petróleo Brent, +1,13%, a US$ 74,48 o barril

Agenda

Nos EUA, saem o índice de atividade do Fed Filadélfia de setembro, os pedidos de auxílio-desemprego semanal, os dados das vendas de casas usadas e o Resultado Fiscal Mensal de agosto.

Na Europa, o BoE (Banco da Inglaterra) também anuncia sua decisão sobre os juros, enquanto na Ásia o PBoC também decide sobre os juros.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a economia brasileira vai crescer ao menos 3,5% este ano, acima das mais recentes estimativas do mercado e do próprio governo. “A economia vai crescer acima de 3%, e vai chegar acima de 3,5%”, disse Lula em discurso durante cerimônia de sanção da Lei Geral do Turismo, no Palácio do Planalto. Após o PIB (Produto Interno Bruto) ter avançado 1,4% no 2º trimestre, o Ministério da Fazenda elevou para 3,2% a projeção de crescimento da economia este ano. Na agenda por aqui, a FGV (Fundação Getulio Vargas) anuncia o IGP-M de setembro (2ª prévia) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulga a Sondagem da Indústria da Construção. Também está prevista a divulgação da arrecadação federal de agosto.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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