Bolsas registram leves altas, enquanto investidores avaliam ameaças financeiras

As bolsas europeias operam nesta manhã no azul, na tentativa de encerrar uma semana com ganhos
24 de junho de 2022

Os investidores ainda estão digerindo as informações dos últimos dias que podem ameaçar o crescimento da economia e, neste espaço de tempo, as bolsas registram leves altas nesta manhã de sexta-feira (24). Porém, a macroeconomia pode frear o ânimo momentâneo do mercado para se recuperar. Os últimos dados publicados nos EUA e na Europa mostram uma deterioração do cenário. Os indicadores de gerentes de compras PMI divulgados nesta quinta-feira (23), que medem a temperatura do setor manufatureiro, desapontaram tanto na Europa como nos Estados Unidos.

Os pedidos iniciais de seguro-desemprego da semana até 18 de junho chegaram a 229 mil nos EUA, o nível mais alto desde o início de fevereiro. Na Europa, o mercado está atento à questão de falta do gás. A Alemanha alertou que as medidas da Rússia para cortar o fornecimento de gás natural para a Europa poderiam levar a um colapso nos mercados de energia, o que poderia desencadear uma crise financeira.

Brasil

O Ibovespa fechou em queda de 1,45% nesta quinta-feira (23), aos 98.080 pontos puxado pelo recuo das ações de commodities e pela preocupação dos investidores com o cenário fiscal do país. As movimentações do Banco Central continuam sendo alvo de atenção após a instituição elevar novamente a taxa Selic para 13,25% na última semana. Ontem (23), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o elevado grau de incerteza no cenário atual o fez alterar a estratégia para levar a inflação para “ao redor” da meta em 2023. O dólar chegou a superar a marca de R$ 5,23, impulsionado pela incerteza global sobre uma possível recessão, mas fechou a quinta-feira cotado a R$ 5,2292, em alta de 1,02%.

Europa

As bolsas europeias operam nesta manhã no azul, na tentativa de encerrar uma semana no positivo. Hoje foram divulgados os dados de confiança do consumidor do Reino Unido, que registraram queda para seu nível mais baixo desde o início dos registros.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,81%
DAX (Alemanha), +0,51%
CAC 40 (França), +1,46%
FTSE MIB (Itália), +0,63%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã, com Wall Street procurando uma rara semana positiva no que foi um primeiro semestre difícil.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,57%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,68%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,87%

Ásia

As bolsas na Ásia fecharam no positivo nesta sexta-feira (24), puxados pelas ações de tecnologia no mercado de Hong Kong.

Shanghai SE (China), +0,89%
Nikkei (Japão), +1,23%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,09%
Kospi (Coreia do Sul), +2,26%

Petróleo

Os preços do petróleo também sobem nesta sexta-feira (24). O mercado tenta se equilibrar frente aos temores de uma demanda mais lenta devido ao arrefecimento da atividade econômica dos EUA com a incerteza sobre a oferta.

Petróleo WTI, +0,79%, a US$ 105,14 o barril
Petróleo Brent, +0,75%, a US$ 110,88 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje os dados de vendas de novas casas; relatório final de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan; índice de confiança consumidor de junho; e a contagem de sondas Baker Hughes.

Por aqui no Brasil, será divulgado o IPCA-15 de junho, um dia após o Banco Central confirmar a mensagem de elevar o juro neutro para 4% e admitir uma taxa Selic mais alta, além da intenção de estender o aperto monetário por mais tempo.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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