País criou 135,4 mil empregos formais em novembro. Número é pior que o apontado no mesmo período de 2021

Número de postos de trabalho criados em novembro de 2022 foi 56,8% menor que o registrado em novembro de 2021. Únicos setores positivos foram comércio e serviços
28 de dezembro de 2022

Em novembro, o Brasil criou 135.495 empregos formais, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (28). Foram 1.747.894 contratações de trabalhadores com carteira assinada e 1.612.399 demissões.

Embora o resultado seja positivo, o resultado foi pior do que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 313.773 vagas. O número de postos de trabalho criados em novembro de 2022 foi 56,8% menor que o registrado em novembro de 2021.

No acumulado de janeiro a novembro, o Caged aponta que as contratações também superam as demissões. O saldo positivo é de 2.466.377 vagas. Porém, esse número também é inferior ao verificado no mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo foi de 3.070.285 novos postos de trabalho.

A metodologia do Caged inclui apenas as vagas com carteira assinada criadas e são as próprias empresas que preenchem as informações em um sistema próprio. O levantamento não capta os dados do mercado de trabalho informal, como a Pnad Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo.

Como as companhias podem atualizar as informações de contratações e desligamentos de maneira retroativa, os dados podem variar de mês a mês. Foi o que aconteceu desta vez. Tanto os números de novembro quanto o do acumulado do ano passaram por ajuste devido à inclusão, nos balanços do governo, de dados entregues com atraso por algumas empresas.

Setor de comércio e serviços ajudou a impulsionar a criação de empregos formais no período avaliado

De acordo com os dados do Caged, em novembro, as contratações superaram as demissões nos setores de comércio e serviços. No setor de comércio, foram criadas 105.969 novas vagas, enquanto no de serviços, mais 92.213.

Por outro lado, agricultura (-18.211), a indústria (-25.707) e a construção (-18.769) tiveram resultado negativo, ou seja, as demissões nesses setores foram maiores que as admissões.

No fim do mês passado, a Pnad Contínua mostrou que a taxa de desocupação (8,3%) do trimestre móvel de agosto a outubro de 2022 recuou 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre de maio a julho de 2022 (9,1%) e 3,8 p.p. frente ao mesmo período de 2021 (12,1%). A população desocupada (9,0 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre móvel terminado em julho de 2015, recuando 8,7% (menos 860 mil pessoas) no trimestre e 30,1% (menos 3,9 milhões) no ano.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

 

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.