Com a guerra e sanções nos EUA, ações na China despencam

Acende a luz vermelha para as ações de tecnologia na bolsa chinesa. O setor vem sendo fortemente prejudicado com o apoio da China à Rússia durante a guerra e com as iminentes sanções dos Estados Unidos
15 de março de 2022

A venda de ações na China acelerou-se nesta terça-feira (15). Com o receio de que os laços de Pequim com a Rússia gerem novas sanções dos Estados Unidos, os investidores estão temerosos e saindo da renda variável. Há um aumento das preocupações com questões regulatórias, inclusive uma possível saída das bolsas norte-americanas. Embora os dados econômicos tenham sido positivos para o mercado, medidas de lockdown nas principais cidades chinesas azedam as perspectivas.

O Hang Seng China Enterprises Index, que acompanha ações chinesas listadas em Hong Kong, caiu 6,6% após registrar no pregão anterior a maior queda desde a crise financeira global. As gigantes da tecnologia Alibaba Group Holding e Tencent Holdings puxaram a baixa. O índice Hang Seng de referência recuou 5,7%, sua maior queda desde julho de 2015.

A venda de ações chinesas foi maior no setor de tecnologia. O setor já vinha sendo prejudicado por medidas de repressão regulatória por Pequim ao longo do último ano e pelo iminente aumento da taxa de juros nos EUA. O sentimento em relação às ações chinesas de tecnologia se transformou em medo nos últimos dias, com investidores temendo o risco de sanções caso a China ofereça ajuda à Rússia na guerra.

O índice Hang Seng Tech teve uma oscilação de 10 pontos percentuais na terça-feira, a mais aguda desde que foi lançado em 2020, segundo dados divulgados pela Bloomberg. O indicador de tecnologia da China desabou 8,1%, ampliando para quase 70% a perda desde o pico em fevereiro de 2021.

A liquidação é exagerada, com alguns analistas internacionais já dizendo que não dá para investir nas ações de tecnologia neste momento.

Redação ICL Economia

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