Contas do Governo Central registraram déficit de R$ 68 bilhões no 1º semestre

Em junho, o Tesouro Nacional e o Banco Central ficou superavitários em R$ 6,1 bilhões, enquanto a Previdência Social apresentou déficit primário de R$ 44,9 bilhões.
26 de julho de 2024

As contas do Governo Central (Tesouro, Previdência e Banco Central) registraram déficit de R$ 68,7 bilhões no primeiro semestre do ano, ante o mesmo período de 2023, quando o rombo foi de R$ 43,2 bilhões em valores nominais – variação de 58,9%. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (26), pelo Tesouro Nacional.

O valor está acima da previsão de R$ 61,4 bilhões de déficit no fechamento de 2024, divulgada pelo governo no início da semana.

O resultado é o pior para o período desde 2020, ano em que teve início a pandemia de Covid-19. Naquele momento, o rombo atingiu R$ 417,3 bilhões em valores correntes.

Em junho, o rombo ficou em R$ 38,8 bilhões. Trata-se do quarto pior resultado para o mês desde o início da série histórica do Tesouro, em 1997.

Em junho, o Tesouro Nacional e o Banco Central ficou superavitários em R$ 6,1 bilhões, enquanto a Previdência Social apresentou déficit primário de R$ 44,9 bilhões.

Comparado a junho de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 5,8% (R$ 8,8 bilhões) da receita líquida e de aumento real de 0,3% (R$ 657,5 milhões) das despesas totais.

Em relação às despesas, a Fazenda informou que, no comparativo com junho do ano passado, houve uma redução de R$ 7,1 bilhões nos pagamentos de Benefícios Previdenciários, devido à diferença nos calendários de pagamentos do 13º salário da previdência social entre os anos de 2023 e 2024.

Governo Central: receita líquida foi de R$ 160,5 bilhões em junho

Segundo o Tesouro, a receita líquida em junho foi de R$ 160,5 bilhões, enquanto a despesa alcançou R$ 199,3 bilhões.

No acumulado em 12 meses, o déficit até junho é de R$ 260,7 bilhões – o equivalente a 2,29% do PIB (Produto Interno Bruto).

O resultado foi registrado apesar do recorde na arrecadação em junho. Ontem (25), o governo divulgou receitas de R$ 208,8 bilhões no mês.

O governo anunciou o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para o cumprimento da meta fiscal em 2024, restando R$ 28,8 bilhões de déficit no ano – no limite da meta fiscal.

A meta para 2024 é zerar o déficit fiscal. Isso significa que o governo pretende equilibrar receitas e despesas.

No entanto, há um intervalo de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo, previsto no arcabouço fiscal (conjunto de regras que limita o crescimento de despesas), em que a meta pode ser considerada formalmente cumprida.

Um déficit de 0,25% do PIB equivale a R$ 28,8 bilhões, portanto, as projeções do governo estão no limite da meta.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
 

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