Em semana de decisão sobre os juros no Brasil, EUA e Japão, índices futuros e bolsas começam em alta

Por aqui, será divulgado hoje o IBC-Br, do Banco Central, considerado o termômetro do PIB. 
18 de março de 2024

A semana começa quente nos mercados, com as decisões sobre os juros nos Estados Unidos, no Brasil e, também, no Japão, no radar dos investidores. As expectativas já começam a balizar os índices futuros e as bolsas ao redor do mundo, que começam a semana no campo positivo.

No Brasil e nos EUA, mais do que a decisão em si, investidores estarão de olho nos comunicados que podem indicar os próximos passos na condução da política monetária. Já no Japão, o país pode finalmente abandonar as taxas de juros negativas.

Por aqui, o consenso do mercado é de corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), enquanto nos EUA a aposta é na manutenção dos juros entre 5,25% e 5,50%.

Ainda nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA está se aproximando de um nível que poderia interromper o rali das ações, segundo estrategistas do Morgan Stanley.

Na Ásia, o crescimento econômico da China foi impulsionado pela força na produção industrial e no investimento no início do ano, enquanto uma recuperação no consumo continua a mostrar progresso mais moderado. Os dados acrescentam provas de que a segunda maior economia do mundo está ganhando mais tração.

No Brasil, o presidente Lula convocou a primeira reunião ministerial do ano para cobrar da equipe o andamento de programas e ações no momento em que pesquisas indicam a queda de sua popularidade.

Na frente de dados, investidores aguardam pela divulgação do IBC-Br, considerado o termômetro do PIB, às 9h de hoje.

Brasil

A forte queda das commodities e das bolsas de Wall Street ajudaram a puxar o Ibovespa para baixo na sexta-feira (15). O principal indicador da bolsa brasileira fechou em queda de 0,74%, aos 126.741,81 pontos. Na semana, o índice acumulou queda de 0,26%.

Os investidores também repercutiram os dados de emprego, medidos pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, e os do setor de serviços, que vieram acima do esperado.

O dólar segue forte e fechou o dia cotado a R$ 4,9980, com alta de 0,22% no mercado à vista. A moeda norte-americana acumula avanço de 0,51% nos últimos cinco pregões.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo, enquanto investidores aguardam o início da reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), amanhã (19). A decisão será divulgada na quarta-feira (20).

FTSE 100 (Reino Unido): +0,12%

DAX (Alemanha): +0,41%

CAC 40 (França): +0,20%

FTSE MIB (Itália): +0,47%

STOXX 600: +0,11%

Estados Unidos

Os índices futuros começam a semana no campo positivo, com os investidores focados no início da reunião do Fed amanhã.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, os Fed funds estão atualmente precificando uma probabilidade de 99% de que o BC americano deixe as taxas de juros inalteradas esta semana. A expectativa de um corte em junho caiu nos últimos dias para cerca de 55%.

Dow Jones Futuro: +0,01%

S&P 500 Futuro: +0,34%

Nasdaq Futuro: +0,65%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta, após dados econômicos melhores do que o esperado da China e à espera da decisão de juros do Banco do Japão (BoJ). A expectativa é de que a autoridade monetária japonesa anuncie, na madrugada desta terça-feira (19), o encerramento de sua política de juros negativos, em vigor há mais de oito anos.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,99%, a 3.084,93 pontos, após dados oficiais mostrarem que a produção industrial, as vendas no varejo e os investimentos em ativos fixos na segunda maior economia do mundo aumentaram mais do que o previsto nos primeiros dois meses do ano. Contudo, o combalido setor imobiliário chinês ainda preocupa.

Shanghai SE (China), +0,99%

Nikkei (Japão): +2,67%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,10%

Kospi (Coreia do Sul): +0,71%

ASX 200 (Austrália): +0,07%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta nesta segunda-feira, ampliando os ganhos da semana passada, quando os preços subiram quase 4% devido à visão de que a oferta estava diminuindo.

Petróleo WTI, +0,80%, a US$ 81,69 o barril

Petróleo Brent, +0,77%, a US$ 86,00 o barril

Agenda

A agenda da semana tem como destaque as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA. A expectativa é de corte nas taxas de juros aqui, em 0,50 ponto percentual, enquanto por lá, a projeção é de manutenção.

Por aqui, no Brasil, no campo político, a Confederação Nacional dos Municípios considera “sem sentido” e “descartada” a contraproposta do Ministério da Fazenda para a desoneração da folha de pagamento das prefeituras. Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo, o governo propôs limitar o benefício a cidades com até 50 mil habitantes – uma redução em relação ao escopo original do projeto, que beneficia municípios de até 156 mil habitantes. Na seara de indicadores, saem hoje o IGP-10 de março e IBC-Br de janeiro.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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