Déficit em transações correntes apresenta queda em outubro

O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em outubro de 2023 somou US$34,0 bilhões (1,62% do PIB), ante US$39,6 bilhões (1,91% do PIB).
4 de dezembro de 2023

As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$230 milhões em outubro de 2023, ante déficit de US$5,8 bilhões em outubro de 2022. Na comparação interanual, o superávit comercial aumentou US$5,4 bilhões, o déficit em renda primária recuou US$345 milhões e o em serviços permaneceu estável. O superávit em renda secundária diminuiu US$147 milhões. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em outubro de 2023 somou US$34,0 bilhões (1,62% do PIB), ante US$39,6 bilhões (1,91% do PIB) no mês anterior e US$56,7 bilhões (3,04% do PIB) em outubro de 2022.

A balança comercial de bens registrou superávit de US$7,4 bilhões em outubro de 2023, ante saldo positivo de US$2,0 bilhões em outubro de 2022. As exportações de bens totalizaram US$29,7 bilhões, aumento de 7,6% na comparação interanual. As importações de bens recuaram 12,7%, na mesma base de comparação, totalizando US$22,3 bilhões.

O déficit na conta de serviços totalizou US$3,5 bilhões em outubro de 2023, valor próximo ao ocorrido em outubro de 2022 (US$3,6 bilhões). A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$984 milhões, recuo de 42,8% na comparação com outubro de 2022, devido a menores gastos em fretes. As despesas líquidas com viagens internacionais alcançaram US$679 milhões, aumento de 3,9% em relação a outubro de 2022, com aumentos de 57,2% nas receitas (para US$650 milhões) e de 24,6% nas despesas (para US$1,3 bilhão). As despesas líquidas com serviços de telecomunicação, computação e informações somaram US$790 milhões em outubro de 2023, comparativamente a US$357 milhões em outubro de 2022.

O déficit em renda primária somou US$4,2 bilhões em outubro de 2023, redução de 7,6% comparativamente ao déficit de US$4,6 bilhões em outubro de 2022. As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$2,8 bilhões, ante US$3,5 bilhões em outubro de 2022. Na comparação interanual, as despesas brutas com lucros e dividendos reduziram 12,3%, enquanto as receitas situaram-se em patamar semelhante ao de outubro de 2022. As despesas líquidas com juros somaram US$1,4 bilhão em outubro de 2023, US$334 milhões superiores ao resultado de outubro do ano anterior.

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram ingressos líquidos de US$3,3 bilhões em outubro de 2023, ante US$5,8 bilhões em outubro de 2022. No mês, houve ingressos líquidos de US$4,7 bilhões em participação no capital e saídas líquidas de US$1,4 bilhão em operações intercompanhia. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$57,5 bilhões (2,74% do PIB) em outubro de 2023, ante US$60,0 bilhões (2,89% do PIB) no mês anterior e US$74,5 bilhões (3,99% do PIB) em outubro de 2022.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$2,1 bilhões em outubro de 2023, compostos por ingressos líquidos de US$500 milhões em ações e fundos de investimento e de US$1,6 bilhão em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em outubro de 2023, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$14,7 bilhões.

Reservas internacionais

As reservas internacionais somaram US$340,3 bilhões em outubro de 2023, valor semelhante ao do mês anterior. As variações de preço contribuíram para reduzir o estoque de reservas em US$1,0 bilhão. Por outro lado, contribuíram para elevar o estoque as variações de paridade, US$232 milhões, e a receita de juros, US$627 milhões.

Parciais

Em decorrência da operação padrão dos servidores do BCB, não estão disponíveis as parciais do mercado de câmbio contratado e de contas selecionadas do balanço de pagamentos, referentes a novembro de 2023.

Com informações do Banco Central

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