Em dia de divulgação da inflação dos EUA, bolsas mundiais e índices futuros operam no campo negativo

Outro assunto que está no radar dos investidores é o teto da dívida dos EUA, em discussão no Congresso do país. Ontem (9) o presidente Joe Biden deixou claro que o default (calote) “não é uma opção”
10 de maio de 2023

As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos começaram esta quarta-feira (10) operando no campo negativo, com os investidores na expectativa da divulgação do índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês). O consenso Refinitiv prevê uma elevação mensal de 0,4% e alta anual de 5%.

O indicador de inflação norte-americano é um dado extremamente relevante, pois indica se a política monetária que vem sendo conduzida pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), de subir a taxa de juros para controlar a inflação, tem surtido efeito.

Outra notícia que tem estado no radar dos investidores ao redor do mundo tem relação com o teto da dívida dos Estados Unidos, que tramita no Congresso.

Depois de declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, ontem (9) foi a vez do presidente Joe Biden deixar claro aos parlamentares, principalmente aos republicanos (partido de oposição), que o default (calote)  “não é uma opção”. “Somos um país que paga suas contas”, defendeu, em coletiva de imprensa após o encontro.

Nesta semana, Janet Yellen fez o alerta sobre as graves consequências para a economia global se o teto da dívida não for elevado.

O impasse sobre a questão permanece e os líderes devem se encontrar novamente para continuar as negociações nesta sexta-feira (12).

A despeito da fala de Biden, há pesquisas indicando que o governo norte-americano pode dar calote em suas obrigações de pagamento entre o início de junho e o início de agosto, caso não haja um aumento no limite da dívida federal, atualmente em US$ 31,4 trilhões.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (9) em alta, impulsionado principalmente por ações do setor de consumo doméstico. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,01%, aos 107.114 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os papéis de empresas ligadas ao consumo doméstico foram destaque na sessão do Ibovespa de hoje. O dia começou com investidores analisando a divulgação da ata do  Copom, após a reunião em que o colegiado manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, na semana passada.

Nas negociações do dia, o dólar caiu 0,48% frente ao real, cotado a R$ 4,987 na compra e a R$ 4,988 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam no vermelho nesta manhã de quarta-feira (10), com as ações de varejo registrando o maior declínio, com desvalorização de 1%. Investidores da região também aguardam pelos dados de inflação dos EUA.

Outra decisão importante na região é a decisão sobre a taxa de juros do Banco da Inglaterra, amanhã (11). A autoridade monetária deve elevar os juros pela 12ª vez consecutiva.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,17%
DAX (Alemanha), -0,23%
CAC 40 (França), -0,22%
FTSE MIB (Itália), -0,19%
STOXX 600, -0,20%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã, com os investidores à espera dos últimos dados da inflação do país e as negociações em torno do teto da dívida norte-americana.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,22%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em baixa, com investidores aguardando os números da inflação nos EUA. Das notícias da região, a taxa de desemprego dessazonalizada da Coreia do Sul caiu para 2,6% em abril, abaixo dos 2,8% registrados em abril de 2022.

A inflação da China de abril deve cair ainda mais, para 0,3%, de acordo com uma pesquisa da Reuters com 37 economistas. O país divulgará seu índice de preços ao consumidor na noite desta quarta-feira.

Shanghai SE (China), -1,15%
Nikkei (Japão), -0,41%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,53%
Kospi (Coreia do Sul), -0,54%
ASX 200 (Austrália), -0,12%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com baixa, ampliando as perdas da véspera, com traders se preparando para dados de inflação nos EUA.

Petróleo WTI, -1,32%, a US$ 72,74 o barril
Petróleo Brent, -1,29%, a US$ 76,44 o barril

Agenda

Na agenda dos EUA, sai nesta quarta-feira o índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês), que vai ser divulgado às 9h30. Na média das projeções do mercado, o núcleo da inflação deve apresentar uma elevação mensal de 0,4% e acumular 5,6% em doze meses.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o deputado Cláudio Cajado afirmou ontem (9) que não sabe se conseguirá entregar seu relatório com o projeto do novo marco fiscal amanhã (11), como previsto inicialmente. De acordo com Cajado, o texto ainda não está amarrado o suficiente para que possa ser concluído. Ele disse que a entrega pode ocorrer na próxima semana. Na agenda de indicadores, sai a produção industrial do mês de março. O consenso do mercado aponta para uma variação positiva de 0,8% ante fevereiro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney

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