A Eletrobras, privatizada pelo governo de Jair Bolsonaro, propôs um corte salarial de 12,5% para os servidores que ganham até R$ 15,5 mil, enquanto a alta direção, formada por dez executivos, recebeu em média R$ 663 mil mensais em 2022. As informações são do jornalista Leandro Mazzini, da revista IstoÉ.
Esta disparidade salarial aumentou o ambiente de insatisfação com a privatização da empresa. A União ainda detém 43% das ações da empresa, mas tem seu poder de voto reduzido a apenas 10% devido às regras estabelecidas na privatização. O contraste entre os salários da alta cúpula e os cortes propostos aos funcionários mais vulneráveis levantou no governo federal questionamentos sobre a ética administrativa da Eletrobras.
A tensão aumentou entre os servidores e exacerbou a insatisfação no governo. O presidente Lula já ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal buscando recuperar o poder de voto proporcional ao controle acionário. O clima de insatisfação se agravou no início do terceiro governo, com os novos sócios da empresa buscando uma trégua sem sucesso.
Do Brasil 247