Elevados números da economia chinesa beneficiam bolsas asiáticas

Índices asiáticos fecharam positivos, refletindo o movimento de crescimento de diferentes setores na China
17 de março de 2022

A sinalização de que a China deve estimular sua economia, a fim de conter impactos oriundos do aumento de casos de COVID-19 em seu território, fez com que os preços dos bens voltassem a subir e foi bem recebida pelos mercados.

Segundo análise do economista e sócio-fundador do ICL, Eduardo Moreira, apesar da preocupação crescente de que o vírus continue se espalhando em importantes cidades da China, a economia chinesa continua robusta, com público consumidor grande, muitas indústrias, forte produção de matéria-prima, sendo ainda o principal comprador de commodities de vários países.

“Enquanto o mundo está desacelerando por causa do impacto dos combustíveis, em função da invasão da Rússia à Ucrânia, e sanções impostas à economia russa, os números da China vieram muito para cima, com crescimento do varejo em 6,7% nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior. Também a produção industrial chinesa teve alta de 7,5% no mesmo período ante a expectativa de crescimento de 3,9%. Todo esse cenário pode aumentar o ‘gap’ entre a economia da China e dos Estados Unidos”, afirma Moreira.

Nesta manhã de quinta-feira (17), os índices asiáticos fecharam positivos e refletiram tanto o movimento da quarta-feira vindo das bolsas globais, como também a sinalização dos estímulos na China. Os ganhos foram liderados por Hong Kong, com o Hang Seng em alta de 7,04%.

A Europa, por sua vez, opera sem direção única devido às preocupações em relação às pressões inflacionárias e ao progresso das negociações entre Rússia e Ucrânia. O DAX de Frankfurt recua 0,38%, enquanto o CAC 40 francês e o Stoxx 600 operam em alta de 0,33% e 0,23% respectivamente.

O Ibovespa chegou a praticamente zerar os ganhos, mas ganha forças no início da tarde desta quinta-feira (17), descolando-se do desempenho das bolsas americanas, que têm leve queda: o Dow Jones recua 0,1%, o S&P 500, 0,03% e a Nasdaq, 0,28%. Os investidores repercutem as decisões de política monetária recentes e também as altas das commodities.

 

Com informações do Boletim “Economia para Todos”, live Eduardo Moreira, Reuters, Infomoney. 

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