Em fevereiro, vendas do varejo variam -0,1%. No acumulado do ano, alta é de 1,8%

Frente a fevereiro de 2022, o comércio varejista cresceu 1,0%, acumulando alta de 1,3% nos últimos doze meses
25 de abril de 2023

Em fevereiro de 2023, o volume de vendas do varejo variou -0,1% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro. Frente a fevereiro de 2022, o comércio varejista cresceu 1,0%, acumulando alta de 1,3% nos últimos doze meses e de 1,8% no ano.

vendas do varejo

Fonte: IBGE

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, subiu 1,7% frente ao mês imediatamente anterior. Com isso, a média móvel trimestral foi de 0,9% no trimestre encerrado em fevereiro de 2023. Na comparação com fevereiro de 2022, o varejo ampliado variou -0,2%, acumulando -0,5% nos últimos doze meses.

Em fevereiro, seis das oito atividades do comércio varejista tiveram taxas negativas: Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-10,4%), Tecidos, vestuário e calçados (-6,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,0%), Móveis e eletrodomésticos (-1,7%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%). Os dois grupamentos com crescimento foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%). Já as duas atividades adicionais do varejo ampliado tiveram trajetórias opostas: Veículos e motos, partes e peças (1,4%) e Material de construção (-2,0%).

Vendas do varejo avançam 1,0% frente a fevereiro de 2022, mas recuam em seis das oito atividades

Ante fevereiro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, mesmo com queda em seis das oito atividades: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,5%), Tecidos, vestuário e calçados (-9,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-4,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,9%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,7%).

Já os únicos setores em alta frente a fevereiro de 2022 foram Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%) e Combustíveis e lubrificantes (19,7%).

No comércio varejista ampliado, as três atividades adicionais registraram queda: Veículos e motos, partes e peças (-1,5%), Material de construção (-5,9%), e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,5%).

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico recuou 12,9% frente a fevereiro de 2022, sua 10ª queda consecutiva e a mais intensa desde de setembro de 2022 (-17,4%). Com isso, o primeiro bimestre de 2023, ante o primeiro bimestre de 2022, fechou em queda de 9,4%, intensidade similar aos últimos bimestres: -9,2% no quinto bimestre e -9,5% no sexto bimestre de 2022. Nos últimos 12 meses o setor acumula perda de 9,4% até fevereiro, mais intensa que o resultado até janeiro (-8,5%).

As vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 9,5% frente a fevereiro de 2022, primeira queda desde abril de 2022, quando havia sido -0,9%. Em relação ao acumulado no ano até fevereiro, ao passar de 15,2% até janeiro para 3,8% no mês de referência, a atividade mostra diminuição de ritmo de crescimento. No caso do acumulado de doze meses, o indicador de fevereiro registrou 10,6%, abaixo do acumulado até janeiro de 2023: 13,9%.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados queda de 9,2% nas vendas frente a fevereiro de 2022, o que inverte o crescimento de 2,3% apresentado em janeiro. Nos primeiros dois meses do ano o setor acumula -3,5% de perdas, resultado distinto do acumulado até janeiro, que havia sido positivo em 2,3%. No indicador de 12 meses a atividade passou de -0,5% até janeiro de 2023 para -1,6% até fevereiro, indicando diminuição no ritmo de vendas.

O volume de vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação caiu 4,5% frente a fevereiro de 2022, primeiro mês negativo após dois meses (0,1% em dezembro de 2022 e 14,8% em janeiro de 2023). No primeiro bimestre de 2023 o setor acumula 4,9% em relação ao mesmo período de 2022 e nos últimos doze meses o valor, até fevereiro, foi de 3,7%, pouco acima do acumulado até janeiro (3,4%).

Já Móveis e eletrodomésticos apresentou queda de 1,9% nas vendas frente a fevereiro de 2022, sendo o primeiro mês a registrar resultado negativo após três meses consecutivos de alta (novembro o resultado foi de 2,6%, dezembro de 0,3% e janeiro de 3,4%). O setor inicia o ano com acúmulo positivo no primeiro bimestre (frente ao mesmo período de 2022), registrando 0,9%, resultado, porém, abaixo de janeiro (3,4%).

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou queda de 0,7% nas vendas frente a fevereiro de 2022, contra -7,6% em janeiro de 2023 frente a janeiro de 2022. Nos dois primeiros meses do ano, o setor acumula -4,3%, menos intenso em perdas do que janeiro (-7,6%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de aumento de 4,5% até janeiro para aumento de 3,7% em fevereiro, o setor mostrou diminuição de intensidade de crescimento.

Em fevereiro de 2023, o agrupamento que abrange Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 1,0% nas vendas frente a fevereiro de 2022 sétimo mês consecutivo a registrar alta no indicador interanual. No bimestre o setor acumula 1,6% de variação, enquanto que nos últimos doze meses, o acúmulo é positivo pelo sexto mês consecutivo: 0,1% em setembro, 0,8% em outubro, 1,1% em novembro, 1,4% em dezembro de 2022 e 1,6% em janeiro de 2023.

O setor de Combustíveis e lubrificantes cresceu 19,7% frente a fevereiro de 2022, sua 13ª alta seguida. A atividade teve grande avanço no segundo semestre de 2022, após a mudança na política de preço de combustíveis, acumulando alta de 23,2% no ano e de 20,9% em doze meses.

No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Veículos e motos, partes e peças apresentaram queda de 1,5% no volume de vendas frente a fevereiro de 2022, invertendo resultado positivo de janeiro (4,4%) e retomando trajetória negativa que persistia desde junho de 2022 (-7,1%). O primeiro bimestre de 2023 apresentou crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o indicador de doze meses fechou fevereiro com -1,7%, similar ao registrado até janeiro (-1,5%).

As vendas de Material de construção apresentaram queda de 5,9% frente a fevereiro de 2022, trajetória oposta à de janeiro, quando cresceu 1,1%. Vale ressaltar que, desde julho de 2021, a receita de revendas do setor vem sofrendo sucessivas quedas, à exceção dos meses de março de 2022 (1,2%) e janeiro de 2023, citado anteriormente. O primeiro bimestre de 2023, fecha também em queda (-2,3%), assim como o indicador acumulado dos últimos doze meses até fevereiro (-7,9%).

Ainda no âmbito do varejo ampliado, a atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 9,5% na comparação de fevereiro de 2023 com fevereiro de 2022, resultado que intensifica a queda apresentada em janeiro (-0,9%). No ano, o acúmulo é de -5,6%.

Vendas têm resultados negativos em 14 das 27 UFs pesquisadas

Na passagem de janeiro para fevereiro de 2023, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou variação de -0,1% com resultados negativos em 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (-11,5%), Espírito Santo (-5,2%) e Piauí (-1,9%). Por outro lado, houve altas em 13 UFs, entre janeiro e fevereiro, com destaque para: Roraima (2,7%), Maranhão (2,0%) e Amapá (1,8%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o crescimento entre janeiro e fevereiro de 2023 foi de 1,7% com resultados positivos em 22 das 27 UFs, com destaque para: Pará (8,4%), Mato Grosso (6,8%) e Maranhão (6,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 5 das 27 UF, com destaque para Paraíba (-7,9%), Sergipe (-2,8%) e Espírito Santo (-1,4%).

Da agência de notícias do IBGE

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