Fortes perdas assolam bolsas mundiais, que temem descontrole da inflação

Houve forte liquidação do mercado (ontem, 8), quando os lucros do varejo indicaram que a inflação estava afetando os lucros das empresas
19 de maio de 2022

As bolsas mundiais continuam em queda, com os índices futuros dos EUA e as bolsas da Europa operando no vermelho, nesta manhã de quinta-feira (19). Os mercados asiáticos fecharam em baixa. São reflexos ainda da quarta-feira (18), quando Dow Jones registrou sua maior queda em um dia desde 2020.

Os investidores colocaram na balança o impacto da inflação, que reluta em se estabilizar no curto prazo, sobre a política monetária e o crescimento econômico. Em meio a uma venda maciça nos mercados, os preços do petróleo caíram para seu nível mais baixo em quase uma semana, já que os lockdowns pelos contágios de Covid-19 na China nublam as perspectivas da demanda de petróleo bruto.

Brasil

O Ibovespa acompanhou os índices internacionais e, nesta quarta-feira (18), interrompeu uma sequência de cinco pregões em alta. O índice da bolsa brasileira caiu 2,34%, aos 106.247 pontos, após oscilar entre 106.038 e 108.923 pontos. O volume financeiro foi de R$ 29,5 bilhões. A moeda americana interrompeu a sequência de quatro baixas consecutivas e fechou em alta. O dólar subiu 0,80%, terminando o dia cotado a R$ 4,982 após oscilar entre R$ 4,923 e R$ 5,00.

Europa

A operação nas bolsas da Europa está em baixa, com os temores sobre a inflação abalando os mercados de ambos os lados do Atlântico. Indicadores mostram que a inflação disparou no Reino Unido para 9% em abril, a maior alta em 40 anos, aumentando a crise do custo de vida do país.

FTSE 100 (Reino Unido), -2,03%
DAX (Alemanha), -1,73%
CAC 40 (França), -1,95%
FTSE MIB (Itália), -1,15%

Estados Unidos

Wall Street registrou ontem sua maior queda diária em quase dois anos. O Dow Jones perdeu mais de 1.100 pontos no maior declínio da média desde junho de 2020. O S&P 500 perdeu cerca de 4%, também sua pior queda desde junho de 2020. O Nasdaq Composite caiu 4,7%. Nesta manhã seguem operando em baixa.

Dow Jones Futuro (EUA), -1,03%
S&P 500 Futuro (EUA), -1,16%
Nasdaq Futuro (EUA), -1,36%

Ásia

A maioria das bolsas asiáticas recuou forte nas negociações de quinta-feira após fortes perdas em Wall Street. O índice Hang Seng de Hong Kong registrou a maior perda, caindo 2,54%, fechando em 20.120 pontos.

Shanghai SE (China), +0,36%
Nikkei (Japão), -1,89%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,54%
Kospi (Coreia do Sul), -1,28%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam na sessão de hoje (19).

Petróleo WTI, -0,90%, a US$ 108,60 o barril
Petróleo Brent, -0,44%, a US$ 108,63 o barril

Agenda

Nos EUA serão divulgados os pedidos de seguro-desemprego semanal, consenso Refinitiv aponta para 200 mil solicitações; índice de atividade industrial do Fed de Filadélfia; e variação de vendas de casas usadas mensal. Na Europa, atenção para a ata do Banco Central Europeu (BCE), que pode dar sinalizações sobre um possível aumento dos juros em julho.

Por aqui no Brasil, a agenda de indicadores está esvaziada. Os investidores repercutem a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do processo de privatização da Eletrobras. À tarde, o Ministério da Economia apresenta projeções macroeconômicas; e acontece reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Ministro da Economia (presidente do Conselho), Presidente do Banco Central e Secretário Especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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