Futuros dos EUA operam no negativo em reação ao corte de projeção de lucro do Walmart

A temporada de balanços tem enunciado a preocupação dos investidores, que acendem o alerta em torno das más perspectivas empresariais
26 de julho de 2022

Na manhã desta terça-feira (26), os índices futuros dos EUA recuam, após o Walmart cortar sua previsão de lucro, fazendo com que as ações de varejo despencassem no after market. Ontem (25), a varejista cortou sua projeção (guidance) de lucro trimestral e anual, relatando que a inflação tem feito com que os compradores gastem mais em necessidades, como alimentos, e menos em itens, como roupas e eletrônicos. A temporada de balanços tem enunciado a preocupação de algumas empresas com o horizonte econômico e os investidores acendem o alerta em torno das más perspectivas empresariais. Philips e o banco de investimento UBS também acenaram para um futuro menos alentador. Hoje, o calendário de balanços inclui empresas tão potentes como Microsoft, Alphabet, Visa, Coca-Cola e McDonald’s.

Há ainda a expectativa pela decisão sobre a taxa de juros do Fed, que será anunciada nesta quarta-feira (27). Portanto, é grande a inquietação no mercado financeiro.

Brasil

O avanço das commodities ajudaram a Bolsa brasileira a registrar alta na segunda-feira (25). O Ibovespa fechou o pregão no positivo (+1,36%), aos 100.269 pontos, o maior nível de fechamento desde 8 de julho. O dólar comercial encerrou o dia em queda de 2,35%, cotado a R$ 5,369 na compra e a R$ 5,370 na venda.

Europa

As bolsas europeias operam mistas à espera de uma nova rodada de resultados corporativos e aguardando a decisão do Federal Reserve amanhã (27).

FTSE 100 (Reino Unido), +0,84%

DAX (Alemanha), -0,25%
CAC 40 (França), -0,02%
FTSE MIB (Itália), -0,48%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York recuam nesta manhã, com os investidores se preparando para uma enxurrada de resultados de tecnologia esta semana, bem como o resultado da reunião do Federal Reserve, que ajudará o mercado a se direcionar no restante do ano.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,37%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,33%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam, em sua maioria, em alta. O índice Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,67%, com as ações da Alibaba saltando 4,82% depois que a empresa disse, em comunicado à imprensa, que solicitará uma listagem primária na bolsa de valores de Hong Kong, onde suas ações já estão listadas. Se concluída, a empresa se tornará listada em duas categorias principais, em Hong Kong e Nova York. Isso deve acontecer antes do final de 2022.

Shanghai SE (China), +0,83%
Nikkei (Japão), -0,16%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,67%
Kospi (Coreia do Sul), +0,39%

Petróleo

As cotações do petróleo seguem em alta pelo segundo dia, devido às crescentes preocupações sobre o aperto no fornecimento europeu depois que a Rússia, um importante fornecedor de petróleo e gás natural para a região, cortou o fornecimento de gás através de um grande gasoduto.

Petróleo WTI, +1,85%, a US$ 98,49 o barril
Petróleo Brent, +1,67%, a US$ 106,91 o barril

Agenda

Nos EUA, serão divulgados hoje os dados sobre a sondagem industrial do Fed Richmond; vendas de casas novas; confiança do consumidor; e variação de estoques de petróleo – API.

Por aqui, no Brasil, nos indicadores, o grande destaque do dia é o IPCA-15 de julho, com projeção Refinitiv de avanço mensal de 0,17% e de alta de 11,41% frente julho de 2021. No campo político-econômico, o Ministério da Economia pediu à Petrobras (PETR3;PETR4), Caixa, BNDES e Banco do Brasil (BBAS3) que antecipem o pagamento de dividendos à União, para que o governo consiga entregar as contas no azul este ano.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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