O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (31) um plano com investimentos de R$ 66 bilhões para a inovação do setor industrial do país. O governo considera que é o maior programa desse tipo em toda a história do país. Serão linhas de crédito financiadas principalmente pelo BNDES e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
“O juro será nominal em 4%, o menor da história para a inovação. Isso permitirá que a indústria dê um grande salto de desenvolvimento”, afirmou Alckmin. Ele anunciou o programa na sede da Fiesp, em São Paulo, durante um seminário sobre o tema.
Além do vice presidente, também participaram a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, os diretores do BNDES Nelson Barbosa e José Luis Gordon e os presidentes da Finep, Celso Pansera, e da Fiesp, Josué Gomes da Silva.
“Esta é uma oportunidade histórica de apoio à ciência e tecnologia para transformação social através de uma economia mais inovadora. Com esta ação conjunta, será possível contar com uma indústria pujante, intensiva em tecnologia e inovação, o que gera demanda por qualificação para os trabalhadores e melhores oportunidades de emprego”, afirmou a ministra Luciana Santos.
Plano de investimento em inovação beneficiará micro e grandes empresas
Nesse sentido, o programa está em linha com a Nova Política Industrial brasileira, que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) aprovou no mês passado. Desse modo, Alckmin vem chamando a nova política de “neoindustrialização“.
A iniciativa prevê o apoio a empresas de todos os portes e institutos de ciência e tecnologia (ICTs), por meio de crédito com taxas de juros reduzidas. Assim, serão 16 anos para o pagamento dos financiamentos e 4 anos de carência. Os primeiros financiamentos devem começar a sair no final de setembro.
O programa vai financiar projetos relacionados ao uso de inteligência artificial, desenvolvimento de combustíveis sustentáveis para aviação, digitalização da economia, hidrogênio verde e desenvolvimento de formas de mobilidade sustentáveis, por exemplo. Assim, o crédito voltado à micro, pequenas, médias e grandes empresas terá como objetivo impulsionar os investimentos privados em inovação, acelerando a trajetória de digitalização da indústria.
“Este é o maior programa da história do Brasil”, ressaltou Gordon. Da mesma forma, seu colega do BNDES ressaltou a importância da proposta. “Industrialização e inovação andam juntas. A indústria para ser sustentável tem que se renovar o tempo todo e é necessário ter uma política de inovação”.