Uma das prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aumentar o refino de petróleo no país para o Brasil ficar menos dependente dos combustíveis importados e, assim, a oscilação do preço do combustível diminuir em relação ao sobe e desce do dólar. Para isso, a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), chamada estatal do pré-sal, vai apresentar estudos.
Porém, já se constata um recuo no preço médio do litro da gasolina, etanol e diesel recuou nos postos, mesmo após a volta de impostos federais sobre gasolina e etanol, que passaram a valer em 1º de março,
O preço médio do litro da gasolina nos postos do país registrou queda na última semana, mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (17). A pesquisa é referente à semana de 12 a 18 de março.
A gasolina comum foi comercializada em média a R$ 5,54 o litro. O valor representa um recuo de 0,53% frente aos R$ 5,57 da semana anterior, segundo os dados da ANP. O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,19.
Em relação ao litro do etanol também caiu: foi de R$ 3,96 para R$ 3,94. A queda no preço do combustível foi de 0,50%. O valor mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 6,57.
Já o preço médio do diesel acompanhou o movimento de queda: foi de R$ 5,91 para R$ 5,90. O recuo no valor do litro do diesel foi de 0,16%. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,69 na mesma semana.
Objetivo é encontrar formas de celebrar contratos para o refino de petróleo e beneficiamento que fortaleçam o mercado nacional de combustíveis
Crédito: Agência Brasil / Fernando Frazão
Atualmente, o petróleo da União é vendido, através da PPSA, em sua forma bruta, se restringindo à comercialização da parte da União do petróleo extraído do pré-sal. O objetivo é que a empresa encontre formas de celebrar contratos para o refino de petróleo e beneficiamento de petróleo e de gás natural, fortalecendo o mercado nacional de combustíveis.
Em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a medida visa reduzir a “dependência externa” e “valorizar o conteúdo local”:
“Queremos que o petróleo e o gás natural da União, provenientes dos contratos de partilha de produção [o pré-sal], promovam a industrialização do Brasil e garantam a segurança no abastecimento nacional de energia, insumos petrolíferos, dos fertilizantes nitrogenados e de outros produtos químicos, reduzindo a dependência externa, e valorizando o conteúdo local. As nossas empresas precisam priorizar o abastecimento nacional”.
Enquanto a refino de petróleo, internamente, não aumenta, o preço do combustível tem sua fatia dependente do mercado externo.
O prazo dado pelo governo Lula para a estatal do pré-sal apresentar o estudo de refino de petróleo para o abastecimento nacional de combustíveis é de 180 dias. A decisão foi tomada durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que se reuniu pela primeira vez no governo Lula na sexta-feira (17). O governo também quer ampliar os investimentos estatais no setor de petróleo, inclusive nos campos do pré-sal.
Redação ICL Economia
Com informações do G1
