Apoiado na Petrobras, Ibovespa fecha em alta de 0,10%, aos 132.833 pontos

Nas negociações do dia, o dólar encerrou o pregão com leve queda de 0,01%, a R$ 4,9151 no mercado à vista.
3 de janeiro de 2024

Mesmo com a pressão do mercado externo, o Ibovespa fechou o pregão desta quarta-feira (3) com alta de 0,10%, aos 132.833,95 pontos, puxado pelas ações da Petrobras.

A petroleira brasileira, que está entre os papéis de maior peso na bolsa brasileira, foi beneficiada pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional, devido ao aumento das tensões no Mar Vermelho.

Nos Estados Unidos, as bolsas repercutiram os indicadores macroeconômicos que mostram uma economia ainda resiliente e joga dúvidas sobre o futuro da política monetária no país.

Hoje, foi divulgado o relatório Jolts, considerado uma prévia do relatório oficial do mercado de trabalho (payroll). O documento apontou abertura de 8,79 milhões de vagas de emprego em novembro ante 8,852 milhões em outubro (número revisado).

Também foi divulgada a ata da última reunião do FOMC (Comitê de Mercado Aberto, na tradução para o português), apontando que a inflação nos EUA diminuiu de fato ao longo do ano passado, mas permaneceu elevada, e a taxa de juros está em seu pico ou próxima dele.

Na reunião de 12 e 13 de dezembro, o comitê – que reúne dirigentes do Fed (Federal Reserve, banco central americano) – manteve os juros entre 5,25% e 5,50% pela terceira reunião seguida.

Na agenda de indicadores, ainda foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos Estados Unidos, que avançou de 46,7 em novembro para 47,7 em dezembro, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). O resultado foi acima do esperado.

No pacote de hoje também veio o discurso do presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin. Ele afirmou que o cenário de “pouso suave é cada vez mais possível” nos Estados Unidos, mas alguns riscos ainda podem impedir o afrouxamento monetário mais agressivo.

Por aqui, na agenda fraca do dia apenas a divulgação dos dados das transações correntes pelo Banco Central, que mostrou saldo negativo de US$ 1,6 bilhão em novembro, o menor déficit para o mês em sete anos.

Nas negociações do dia, o dólar encerrou o pregão com leve queda de 0,01%, a R$ 4,9151 no mercado à vista.

Destaques do Ibovespa

As ações da Petrobras (PETR3) subiram mais de 3% hoje com ganhos consistentes do petróleo, em meio a tensões no Oriente Médio. Outros destaques positivos foram os papéis da GPA (PCAR3), com alta de 10,50% e do Grupo Soma (SOMA3), com +5,31%.

Entre os destaques negativos, os frigoríficos mais expostos ao mercado norte-americano e as companhias aéreas. As ações da BRF (BRFS3) caíram 4,91% e as da AZUL (AZUL4), -3,33%.

Mercado externo

As bolsas de Nova York encerraram o pregão em tom negativo. A Nasdaq fechou o segundo dia de perdas, no pior desempenho desde outubro, com forte desvalorização das ações da Apple após rebaixamento de recomendação por banco na véspera.

O S&P 500 caiu 0,80%; o Dow Jones, -0,76%; e a Nasdaq, -1,18%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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