Um dia depois de bater recorde histórico, o Ibovespa não conseguiu fazer frente à volatilidade das bolsas de Nova York, e terminou o pregão com recuo de 0,79%, aos 130.804,17 pontos.
Na abertura do pregão, o principal indicador da bolsa brasileira começou em tom positivo, inclusive renovando outra vez o recorde intraday, aos 132.340,75 pontos. Porém, sentiu os efeitos do mercado externo e recuou.
Por aqui, o destaque do dia foi a divulgação do IBC-Br de outubro. O índice considerado a prévia do PIB desacelerou 0,06% no mês, recuo menor do que a queda de 0,20% esperada pelo mercado.
Mas o dia foi mesmo quente em Brasília. Em sessão histórica, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e outros membros do governo, foi promulgada no Congresso Nacional a reforma tributária do consumo.
Além disso, o Senado Federal aprovou o texto-base da medida provisória da subvenção do ICMS, que inclui mudanças nos juros sobre capital próprio (JCP).
Lá fora, as incertezas envolvendo a economia chinesa pressionaram as bolsas na Ásia. Na Europa, a desaceleração da inflação no Reino Unido em base anual sustentou o viés de alta da bolsa de Londres.
Nos EUA, os investidores repercutiram a melhora no índice de confiança do consumidor do país, mas estão à espera mesmo é da divulgação do indicador de inflação PCE, o favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), para definir a política monetária.
Nas negociações do dia, o dólar fechou a R$ 4,9120, com alta de 0,99%, no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
O dia só não foi pior no Ibovespa porque um dos destaques foi a Petrobras (PETR4), que subiu 0,36%, em mais um dia de alta do petróleo no mercado internacional, que segue impactado pela tensão no Mar Vermelho, apesar dos estoques mais altos nos EUA.
Entre as varejistas, a Casas Bahia (BHIA3) também se destacou hoje com uma trégua nas ações, após ampla queda recente: a alta foi de 8,86%, mas chegou a ser de mais de 11%.
Por outro lado, a Vale (VALE3), que vinha em alta consistente até a hora final de pregão, sustentada pelos preços do minério de ferro, acabou encerrando o dia com perdas de 0,32%.
Entre as quedas, também estão Magazine Luiza (MGLU3), que perdeu 2,78%, e Lojas Renner (LREN3), com recuo de 1,33%.
Mercado externo
Em uma sessão volátil com a agenda mais esvaziada, as bolsas de Nova York encerraram o pregão no campo negativo.
O S&P 500 teve queda de 1,47%, aos 4.698,35 pontos; o Dow Jones, com -1,27%, aos 37.082,00 pontos; e a Nasdaq também fechou com recuo de 1,50%, aos 14.777,94 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias