Influenciado pelo temor internacional, Ibovespa fecha em baixa de 0,54%, aos 115.908 pontos

Nas negociações do dia, o dólar teve leve baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,0353 no mercado à vista.
17 de outubro de 2023

Enquanto as bolsas mundiais fecharam o dia mistas, o Ibovespa encerrou o pregão, desta terça-feira (17), em queda de 0,54%, aos 115.908 pontos.

Nos mercados mundiais, os investidores reagiram aos dados locais das principais economias da Europa e a indicadores econômicos nos Estados Unidos. Neste último caso, os números recentes de vendas do varejo superaram as expectativas do mercado, o que indica certa resiliência na economia norte-americana.

Com isso, cresceu o temor de um novo aperto monetário por parte do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), com manutenção dos juros em patamares elevados por mais tempo.

Os conflitos no Oriente Médio também ganharam novos contornos hoje, com a viagem do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel, reforçando a cautela dos investidores sobre os impactos da guerra no mercado global de petróleo.

Esse conjunto de fatores externos conseguiu contaminar o humor por aqui, influenciando o principal índice de ações da B3.

O toque abrasileirado no mercado financeiro foi dado pelas declarações de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, que participou de um evento hoje. Ele praticamente repetiu a análise que já havia feito dias atrás, de que o cenário global é bem mais desafiador, enquanto o local “é benigno”. Entretanto, segundo ele, existe receio de como o dólar e o câmbio afetarão a política monetária por aqui.

Na agenda de indicadores local, o volume de serviços de agosto, divulgado nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), veio abaixo do esperado. O dado caiu 0,9% em agosto ante julho, sinalizando desaceleração na atividade econômica.

Nas negociações do dia, o dólar teve leve baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,0353 no mercado à vista.

Destaques do dia do Ibovespa

Entre os destaques positivos do dia, as ações da Petrobras estiveram na ponta. Os papéis repercutiram os dados de produção no terceiro trimestre. A estatal bateu recordes mensal e trimestral de produção de óleo e gás e deve alterar a meta do ano.

A valorização das ações da estatal na B3 fez com que a petroleira atingisse valor de mercado de R$ 513,51 bilhões, a maior avaliação da companhia em um ano. A PETR4 subiu 2,70%, a R$ 37,67, e a PETR3 cresceu 2,27%, a R$ 40,61.

Na ponta negativa, os papéis mais sensíveis à alta dos juros futuros perderam mais valor. As ações do Magazine Luiza (MGLU3) lideraram as perdas de hoje, sentindo o peso da alta dos DIs e as expectativas com o balanço trimestral. A MGLU3 teve queda de 5,59%, a R$ 1,69. Carrefour Brasil (CRFB3) também sentiu o baque, caindo 4,21%, a R$ 9,56.

Mercado externo

As bolsas de valores de Wall Street fecharam mistas no fim do pregão de hoje, pressionadas pelo desempenho do setor de tecnologia.

O S&P 500 teve baixa de 0,01%, enquanto o Dow Jones subiu 0,04%, e o Nasdaq caiu 0,25%.

Redação ICL Economia

Com informações das agências de notícias

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