Ibovespa fecha em queda de 0,68%, aos 112.531 pontos, repercutindo fala de Haddad

O dólar terminou cotado a R$ 5,0469, com alta de 0,67%.
30 de outubro de 2023

O fechamento da Bolsa brasileira se descolou do movimento externo, nesta segunda-feira (30). O Ibovespa fechou em baixa de 0,68%, aos 112.531 pontos. As perdas, no entanto, foram limitadas pelo avanço das commodities metálicas.

Pesou no humor do mercado financeiro brasileiro as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentou contemporizar as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira passada (27), de que dificilmente a meta de déficit fiscal zero, em 2024, será cumprida.

Outro fator que pesou hoje, mas em menor grau, foi o resultado do IGP-M de outubro, conhecido como inflação do aluguel, que registrou alta de 0,50% neste mês, mas com sinal de desaceleração na comparação com o mês anterior.

Os dados do Caged também foram divulgados hoje, apontando a abertura de mais de 211 mil empregos em setembro, acima da expectativa.

Já no mercado externo, o clima foi diferente. Wall Street terminou o pregão no azul. Os investidores esperam a decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), na próxima quarta-feira (1º), dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, também vai anunciar sua decisão sobre os juros por aqui.

O consenso é de que o banco central norte-americano deve manter os juros no nível de 5,25% a 5,50% ao ano, enquanto o Copom deve baixar a Selic em 0,50 ponto percentual. Atualmente, a Selic está em 12,75%, portanto, a redução a levaria para o patamar de 12,25% ao ano.

O dólar terminou cotado a R$ 5,0469, com alta de 0,67%.

Destaques do dia do Ibovespa

Dos destaques positivos da B3 estão as ações da Usiminas (USIM5), que fecharam como a maior alta do dia sustentado pelos ganhos de mais de 2% do minério de ferro (commodities metálicas). Os papéis da empresa tiveram alta de 4,49% (R$ 6,51).

Já a CCR (CCRO3) também se destacou com elevação de recomendação, para compra dos papéis, pelo JP Morgan. Os papéis da companhia subiram 2,54% (R$ 12,11).

Na ponta negativa, Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) registraram as maiores quedas pressionados, mais uma vez, pelo avanço dos juros futuros (DIs).

Os papéis da Casas Bahia teve baixa de 6,25% (R$ 0,45), enquanto Magazine Luiza fechou em queda de 6,16% (R$ 1,37).

Mercado externo

Wall Street terminou o dia no azul, com os investidores à espera da decisão sobre os juros na próxima quarta-feira (1º).

O S&P 500 apontou alta de 1,20%; o Dow Jones, de 1,58%; e a Nasdaq, de 1,16%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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