Pelo segundo dia consecutivo, Ibovespa fecha em queda de 1,42%, aos 113.419 pontos

Nas negociações do dia, o dólar encerrou a sessão a R$ 5,1543, com alta de 1,73% no mercado à vista.
3 de outubro de 2023

Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores, fechou o pregão em queda. Nesta terça-feira (3), o indicador caiu 1,42%, aos 113.419 pontos.

De acordo com analistas, o índice da Bolsa brasileira acompanhou o mercado de Nova York, após o relatório JOLTS, com dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, ter vindo mais forte do que o esperado. O resultado abre espaço para a possibilidade de nova elevação dos juros pelo Fed (Federal Reserve) na próxima reunião, que acontece em novembro.

O relatório JOLTS apontou a abertura de 9,6 milhões de postos de trabalho nos EUA em agosto. O dado veio acima das expectativa de criação de 8,9 milhões de empregos no período.

No cenário doméstico, os investidores seguem acompanhando as notícias no âmbito político, de olho na tramitação da pauta econômica no Congresso, como o projeto que prevê a taxação dos fundos offshore, fundos exclusivos (dos “super-ricos”) e fim dos juros sobre capital próprio (JCP).

Além disso, os bancos recuaram em bloco com a aprovação do Projeto de Lei do Desenrola, de renegociação de dívidas de pessoas físicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o texto hoje, sem vetos, incluindo também a nova regra para limitar os juros do rotativo do cartão de crédito, principal vilão do bolso dos brasileiros.

Nas negociações do dia, o dólar encerrou a sessão a R$ 5,1543, com alta de 1,73% no mercado à vista.

Destaques do dia do Ibovespa

Na ponta positiva da Bovespa, estão as ações da Natura (NTCO3), que driblou o tom negativo após os rumores de um novo potencial comprador para The Body Shop. Fleury (FLRY3) e Suzano (SUZB3) avançaram com as elevações de recomendação para compra dos papéis por bancos, enquanto os frigoríficos JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3), mais expostos ao mercado norte-americano, foram impulsionados pelo avanço do dólar no mercado à vista.

Do lado negativo estiveram os papéis das varejistas Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3), que voltaram a liderar as perdas, pressionados pelo avanço dos juros futuros (DIs) em toda a curva.

Os bancos também operaram em baixa com a aprovação do PL do Desenrola, que estabelece novas regras que limitam os juros do rotativo do cartão de crédito.

Mercado externo

Após a divulgação do relatório JOLTS, que mostrou um mercado de trabalho mais aquecido, o que deve influenciar o futuro da política monetária dos Estados Unidos, as bolsas americanas intensificaram a queda e fecharam em tom negativo nesta terça-feira (3).

O Dow Jones fechou em queda de 1,29%, enquanto o S&P 500 teve baixa de 1,37% e o Nasdaq caiu 1,87%.

Redação ICL Economia

Com informações das agências de notícias

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