O Ibovespa encerrou a segunda-feira (30), último dia de setembro, com queda de 0,69%, aos 131.816,44 pontos. O principal indicador da Bolsa brasileira também encerra o mês no negativo, mas o terceiro trimestre (julho a setembro) foi o melhor para o índice no ano.
Em setembro, o Ibovespa fechou com baixa de 3,08%, primeiro mês negativo desde maio. Contudo, a alta no trimestre foi de 6,38%, sendo o primeiro no azul.
O período foi marcado pelo corte de juros nos Estados Unidos, uma temporada de balanços considerada positiva para muitas empresas locais, queda do dólar e o retorno de investimentos de estrangeiros.
Dias atrás, o Ibovespa ganhou um plus com os estímulos à economia chinesa, que revigoraram o setor de commodities, principalmente as metálicas, o que ajudou a impulsionar os papéis da Vale por aqui.
Nesta segunda-feira, o destaque foi a divulgação do Boletim Focus do Banco Central, mostrando que a mediana dos analistas aponta que a taxa básica de juros, a Selic, encerrará o ano em 11,75%. Ou seja, o mercado aposta em mais duas altas de 0,50 ponto percentual no indicador, atualmente em 10,75% ao ano.
Com isso, o mercado financeiro, uma vez mais, bota pressão sobre o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC para que suba a Selic por entender que a economia brasileira está aquecida.
Dólar
O dólar comercial terminou o último dia de setembro com alta de 0,19%, a R$ 5,44. No mês, houve queda acumulada de 3,32%. Os DIs (juros futuros) tiveram mais uma sessão com altas por toda a curva.
Mercado externo
Os indicadores de Nova York repercutiram as falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, que sugeriu – mas não garantiu – mais reduções nas taxas, de até 0,50 ponto percentual, dependendo de como a economia se comportar. “Este não é um comitê que sente pressa em cortar as taxas rapidamente”, disse Powell.
O Dow Jones subiu 0,04% no dia e 1,85% no mês; o S&P 500 encerrou com alta de 0,42% hoje e em +1,93% no mês; e o Nasdaq, +0,38% e +2,66%, respectivamente.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias