Com a disparada do petróleo no mercado internacional, devido à escalada do conflito entre o grupo Hamas e Israel, o Ibovespa terminou o pregão, desta segunda-feira (9), em alta de 0,86%, aos 115.156 pontos.
O conflito chega ao seu terceiro dia com mais de mil mortos. A possibilidade de espraiamento geopolítico do conflito, principalmente se envolver países produtores de petróleo, como o Irã, deixou os investidores receosos hoje nas primeiras horas do dia.
Ao longo do dia, o petróleo disparou 4% em meio às expectativas de impactos na oferta da commodity, já reduzida por cortes voluntários da Rússia e da Arábia Saudita.
A depender de quanto tempo vai durar o conflito, analistas temem suas consequências para a economia global já bastante fragilizada.
Hoje, em Nova York, os investidores repercutiram as declarações do vice-presidente do Fed (Federal Reserve), Philip Jefferson, afirmou que o núcleo da inflação norte-americana deve seguir desacelerando e que terá “em mente” os níveis dos Treasuries (títulos do Tesouro) na próxima reunião do colegiado da autoridade monetária (Fomc).
Por aqui, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, comentou, em reunião do Conselho Empresarial de Economia da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que a moeda norte-americana e o petróleo eram dois riscos já mencionados pelo Copom (Comitê de Política Monetária).
Segundo Galípolo, a posição do Brasil é bastante diferente agora em relação ao passado, porque o país passou a ser produtor da commodity.
“Passa a ser um alerta para a gente em função dos impactos nos preços domésticos dado o impacto que o preço do petróleo tem em uma série de insumos e bens que a gente consome aqui e com a correlação com o dólar”, pontuou.
Nas negociações do dia, o dólar fechou a R$ 5,1300, com queda de 0,62%.
Destaques do dia do Ibovespa
Nos destaques positivos do dia na Bolsa brasileira estão as petroleiras, que foram impulsionadas pelo avanço da commodity. Os papéis da PRIO ON (PRIO3) subiram 8,78%, para R$ 48,45, seguida pela PetroReconcavo ON, com alta de 8,70% (R$ 20,98).
Entre os destaques negativos estão as ações das companhias mais sensíveis aos juros. As empresas aéreas foram pressionadas pelo avanço do petróleo, com possíveis reajustes dos preços dos combustíveis. Na liderança das perdas estão Casas Bahia, com -4,92% (R$ 0,58) e Azul, -2,97% (R$ 12,41).
Mercado externo
Depois de começarem o dia em baixa, os índices de Wall Street voltaram para o tom positivo após as declarações do vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, que afirmou que o núcleo da inflação americana continua desacelerando, o que pode indicar ajuste menor nos juros na próxima reunião da autoridade monetária.
Por lá, no fechando do dia o S&P 500 teve alta de +0,63%, seguido por Dow Jones (+0,59%) e Nasdaq (+0,39%).
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias