Com menor fluxo de negócios devido a um feriado nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (19), a Bolsa brasileira foi movida pelos acontecimentos internos, sendo o principal deles a decisão sobre os juros que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ainda esta noite.
Por aqui, o movimento foi de freio de mão puxado, mas, ao fim do dia, o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,53%, aos 120.261 pontos.
O principal índice da bolsa brasileira oscilou ao longo do dia, mas ganhou fôlego na última hora da sessão com bancos e exportadoras.
O mercado financeiro aposta em manutenção da taxa básica de juros no patamar atual, de 10,50% ao ano. Resta saber como vão votar os nove membros do colegiado – os quatro indicados pelo governo do presidente Lula e os cinco indicados durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A propósito, essa é a principal preocupação, pois os agentes prospectam como será a política monetária sob a gestão de um presidente de Banco Central indicado por Lula. O mandato de Roberto Campos Neto, alvo de críticas do presidente em entrevista à Rádio CBN ontem (18), termina em 31 de dezembro e um dos cotados a assumir a vaga é Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC e ex-número 2 do Ministério da Fazenda.
Na última reunião do Copom, em maio, os diretores indicados por Lula votaram em um corte de 0,50 ponto percentual (p.p.), e os diretores remanescentes da gestão Bolsonaro formaram maioria por uma redução de 0,25 p.p..
A cisão provocou receios infundados no mercado, uma vez que o voto da ala indicada por Lula foi puramente técnico, como indicou a ata da reunião divulgada posteriormente.
Agora, a expectativa é de que a decisão seja unânime, mas uma nova divisão não está descartada.
Dólar
O dólar à vista subiu 0,15%, a R$ 5,441 na compra e a R$ 5,442 na venda. Na máxima, a moeda chegou a R$ 5,483. Já o contrato futuro de primeiro vencimento recuava 0,25%, aos 5.435 pontos por volta das 17h30.
Mercado externo
Mercado financeiro à vista fechado nos Estados Unidos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias