Na toada da inflação dos EUA e do Brasil, Ibovespa cai 0,15%, aos 130.648 pontos

O dólar comercial terminou a sessão a R$ 4,8752, com queda de 0,34% no mercado à vista.
11 de janeiro de 2024

O Ibovespa fechou o pregão, desta quinta-feira (11), com queda de 0,15%, aos 130.648,75 pontos.

As negociações do dia foram marcadas pelas divulgações das inflações no Brasil e nos Estados Unidos, que vieram um pouco acima do esperado por analistas.

Por aqui, o IPCA de dezembro fechou com alta de 0,56% – acima das projeções do mercado -e, no acumulado de 2023, avançou 4,62%, também maior que as expectativas.

Contudo, importante salientar, é a primeira depois de dois anos que a inflação fica abaixo do teto da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,75% no ano.

Nos Estados Unidos, a inflação medida pelo CPI avançou 0,3% em dezembro na comparação com novembro, levemente acima da alta de 0,2% esperada pelo mercado. O núcleo, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, subiu também 0,3%, como o previsto.

Depois desse resultado, os agentes ajustaram as apostas a respeito do início do ciclo de redução dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

Por lá, a taxa de juros do país está no intervalo de 5,25% a 5,50%, a mesma desde julho. Este é o maior patamar desde 2001. Em dezembro, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a inflação ainda preocupava, porque alguns indicadores, principalmente os do mercado de trabalho, continuam resilientes.

O dólar comercial terminou a sessão a R$ 4,8752, com queda de 0,34% no mercado à vista.

Destaques do Ibovespa

Entre os destaques do Ibovespa está a petroleira júnior Prio (PRIO3), que liderou os ganhos apoiada na alta do petróleo e indicação positiva de compra do BTG Pactual. Os papéis da empresa subiram 2,59%.

A Sabesp (SBSP3), que está no meio de um polêmico projeto de privatização, também avançou com relatório recente do JP Morgan, reforçando a perspectiva de que potenciais mudanças na regulamentação são positivas. Para o banco, o novo marco regulatório é visto para a próxima etapa no processo de privatização da companhia. As ações da companhia subiram 2,45%.

Do lado negativo, as ações a MRV (MRVE3) lideraram as perdas com a expectativa da prévia operacional da construtora, divulgada instantes após o fechamento dos mercados.

Os papéis da MRV despencaram 11,78% e estiveram entre os mais negociadas do dia, influenciando o Ibovespa.

Mercados de ações

As bolsas de Nova York encerraram o dia sem direção, com os investidores repercutindo a inflação de dezembro e anual acima do esperado e os impactos que os dados podem ter na decisão do Fed sobre os juros.

O S&P 500 caiu 0,07%, aos 4.780,24 pontos; o Dow Jones subiu 0,04%, aos 37.711,02 pontos; e a Nasdaq ficou estável (0,00%), aos 14.907,18 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias 

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