Ibovespa passa ao largo do ‘efeito Lula’ e fecha com alta de 0,41%, puxado por CSN e Petrobras

Já o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,4342, com alta de 0,23%.
18 de junho de 2024

Perdeu a aposta quem disse que a Bolsa brasileira cairia com as declarações do presidente Lula, nesta terça-feira (18), sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

No fim do dia, o Ibovespa fechou o pregão de hoje com avanço de 0,41%, aos 119.630,44 pontos. Essa é a quarta alta do principal índice da bolsa brasileira em junho.

Ajudaram o indicador a subir a Petrobras e a CSN. Os papéis da petroleira avançaram mais de 3% em reação ao acordo com a Receita Federal, de cerca de R$ 20 bilhões, para encerrar os litígios da companhia no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

O acordo pôs fim na disputa tributária de incidência do IRRF (Imposto de Renda), da Cide (contribuição de intervenção), do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins sobre remessas ao exterior, que totaliza R$ 44,79 bilhões.

Por sua vez, a CSN que disparou 9,07%, depois de decisão favorável na Justiça, no longo litígio de R$ 5 bilhões contra Ternium.

Mais cedo, em entrevista à Rádio CBN, Lula fez críticas contundentes ao presidente do BC. “Só temos uma coisa desajustada neste país é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, disse Lula.

A declaração ocorreu no primeiro dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que deve anunciar amanhã (19) a manutenção da taxa básica de juros, a Selic.

Mas, pelo que se viu ao fim do dia, o mercado financeiro é mais pragmático.

Dólar

Já o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,4342, com alta de 0,23%, enquanto o dólar comercial avançou 0,22%. No mês, o câmbio à vista já ficou 3,51% mais caro e, no ano, subiu quase 12%.

Mercado externo

As bolsas de Nova York viveram um dia de instabilidade, mas acabaram fechando com alta, repercutindo mais dados econômicos e falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). S&P 500 e Nasdaq renovaram os recordes de fechamento.

As vendas no varejo dos Estados Unidos de maio avançaram 0,1% em maio, na comparação com abril, a US$ 703,1 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano.

O resultado veio abaixo das projeções dos analistas ouvidos pela FactSet, que previam alta de 0,2% em maio.

O Dow Jones subiu 0,15, aos 38.834,86 pontos; o S&P 500, +0,25, aos 5.487,03 pontos; e o Nasdaq, +0,03, aos 17.862,23 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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